Salário base da categoria é de R$ 5,6 mil. Reivindicação é de R$ 7,5 mil a R$ 8 mil

O Sindicato dos Policiais Penais do Espírito Santo (Sinpp/ES) vai criar uma comissão para discutir com a Assembleia Legislativa as reivindicações da categoria, em especial a valorização salarial. A iniciativa foi tomada após a Comissão de Segurança, presidida pelo deputado estadual Danilo Baiense (PL), se comprometer a intermediar as negociações com a gestão de Renato Casagrande (PSB).
O vice-presidente do sindicato, Anderson Faneli, relata que o colegiado já vem fazendo essa intermediação a pedido de outras categorias, como a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PC), o que motivou a reivindicação dos policiais penais. A comissão será montada até a próxima semana, com representantes dos servidores e da Comissão de Segurança Pública, que será convidada para indicar nomes.
De acordo com Faneli, após a regulamentação da Polícia Penal (PP), em 2022, a categoria ganhou novas atribuições como a escolta hospitalar, antes feita pela PM, mas isso não veio acompanhado de valorização salarial. O dirigente sindical recorda que houve um reajuste de 20%, fracionado, sendo 5% nos anos de 2022, 2023, 2024 e 2025, “mas não foi suficiente”.
“Em 2002, o salário base do Policial Penal era de seis a sete salários, o que dá entre R$ 8 mil e R$ 9 mil. Hoje, de acordo com o edital do concurso deste ano, é R$ 5,6 mil”, diz. O pleito, aponta, é um salário base entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil. O compromisso firmado pela Comissão de Segurança, segundo Faneli, “é o reconhecimento de uma categoria que está totalmente inserida no sistema de segurança pública”.
Além do reajuste salarial, os policiais penais reivindicam melhorias nos valores da Indenização Suplementar de Escala Operacional (Iseo), que são as escalas extraordinárias no plantão. De acordo com Faneli, a dos policiais penais é menor do que as da PM e PC. Outra reivindicação é que os trabalhadores possam morar perto de suas residências. O pleito já havia sido apresentado à Comissão de Segurança em outubro, quando foi reforçado diante do falecimento da policial penal Eliane Ventura dos Santos, em um acidente de carro entre Viana e Vila Velha, a caminho do trabalho na Penitenciária Estadual de Vila Velha II (PEVV II).
Na ocasião, o presidente do Sinpp, Dennys Mascarenhas, relatou que há casos de policiais penais que moram em Colatina, no noroeste, e trabalham em Viana, na Grande Vitória, sendo que há unidades prisionais em cidades mais próximas e até mesmo no próprio município de Colatina. Disse, ainda, que o contrário também acontece, com servidor morador de Viana trabalhando em Colatina, sendo, portanto, possível fazer uma troca de locais de trabalho.
Outras situações, apontou, são de trabalhadores que se deslocam de municípios da Grande Vitória, como Vitória, Cariacica e Serra, para trabalhar em Aracruz e Linhares, no norte, e que moram no sul, como em Cachoeiro de Itapemirim, e trabalham em Viana. De acordo com Faneli, a Comissão de Segurança informou que encaminhou requerimento à gestão de Renato Casagrande e aguarda resposta.

