Policias federais do Estado esperam debater mudanças na carreira em junho
A expectativa dos policiais federais é de que a reivindicação pela reestruturação de carreira avance a partir de junho. A crença está baseada no fato de que, em reunião com o ministro da Justiça, Flavio Dino, em janeiro, foi informado que a discussão seria efetivada depois do reajuste dos servidores, que já foi feito e será pago a partir do mês que se inicia. A proposta de reestruturação, inclusive, já foi encaminhada para o Ministério da Gestão.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que também preside o Sindicato dos Policiais Federais do Espírito Santo (SINPF-ES), Marcus Firme, destaca que o reajuste é importante, mas o principal pleito da categoria é a reestruturação. "Estávamos sem reajuste desde 2016, foi boa essa conquista, consideramos um aceno muito bom, mas esperamos a reestruturação nos moldes que reivindicamos", diz.O reajuste foi garantido por meio da Medida Provisória nº 1.170/2023, que altera a remuneração dos policiais federais e demais servidores do Poder Executivo, garantindo aumento de 9% para servidores da ativa e aposentados. Os servidores também receberão R$ 200,00 a mais no auxílio- alimentação, que passará de R$ 458 para R$ 658. Os valores foram estabelecidos em acordo entre o Governo Federal, a Fenapef e demais entidades sindicais durante a Mesa Nacional de Negociação Permanente com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
No primeiro semestre de 2022, o pleito pela reestruturação motivou manifestações da categoria em todo o Brasil, pois o prazo para concretizar a demanda era até julho, devido às eleições. Como não se concretizou, com o início do novo governo, os trabalhadores buscaram diálogo com o ministro Flávio Dino.
As principais reivindicações já haviam sido apresentadas para a equipe de transição, como mudanças na reforma previdenciária da Polícia Federal, criação da lei orgânica para definição das atribuições dos cargos e valorização salarial. Os trabalhadores afirmam que a reestruturação poderá reduzir o fosso entre alguns cargos. Um exemplo é o caso dos delegados de terceira classe, que acabaram de ingressar na carreira e ganham cerca de R$ 5 mil a mais em relação ao agente papiloscopista e ao escrivão da Polícia Federal, muitas vezes com mais de 20 anos de carreira.
Quanto à reforma da Previdência, Marcus Firme pontua que houve achatamento salarial, uma vez que a alíquota aumentou de 11% para 14% e, em alguns casos, como dos delegados, para 16%. Outro problema é o da aposentadoria por invalidez. Antes, o trabalhador recebia o valor integral, agora, é proporcional ao tempo de serviço.
Os policiais federais do Espírito Santo protestaram pela reestruturação em abril passado, em frente ao prédio da Polícia Federal, em um dia de mobilização nacional. O clima era de insatisfação, já que a reestruturação foi um dos motes da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não saiu do papel. A expectativa era de que houvesse uma sinalização do Palácio do Planalto em 19 de abril do ano passado a respeito da reestruturação, o que não se concretizou.
Policiais federais protestam em Vila Velha por reestruturação de carreira
Uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro, reestruturação da categoria ainda não saiu do papel
https://www.seculodiario.com.br/seguranca/policiais-federais-farao-manifestacao-na-superintendencia-pela-reestruturacao-da-carreira
Policiais federais querem dialogar com Ministério da Justiça sobre reestruturação
A reestruturação da carreira foi uma das promessas não cumpridas do ex-presidente Jair Bolsonaro
https://www.seculodiario.com.br/seguranca/policiais-federais-querem-dialogar-com-ministerio-da-justica-sobre-reestruturacao
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Comentários: 1
Absurdo uma categoria de servidores ganharem o.mesmo que ministros do STF. Os militares " ganharam níqueis ".