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Seger não estabelece data para reabrir negociação com policiais civis

Prazo dado pela própria pasta para definição era esta sexta, mas Sindipol não foi contatado

Embora tenha se comprometido a estabelecer, até esta sexta-feira (14), uma data de reabertura da mesa de negociação com os policiais civis, a Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger) não contatou o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) para tratar do assunto. O presidente da entidade, Aloísio Ernesto Fajarbo, diz que vai aguardar pela resposta até a próxima terça-feira (18).

Ele recorda que na segunda-feira (17) a categoria vai reunir com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União). Os trabalhadores acreditam que o diálogo com o parlamentar pode fazer com que as negociações caminhem. “É uma forma de pressionar. O presidente da Assembleia tem interesse na pauta, a imagem dele enquanto parlamentar está aliada à questão da segurança pública”, avalia.

Aloísio acredita que, caso a mesa de negociação não seja reaberta, a categoria irá fazer uma forte mobilização. “O movimento vai ser crescente daqui pra frente. Faremos assembleias setoriais para discutir as ações de mobilização”, destaca.

A realização das assembleias setoriais foi aprovada pela categoria em uma assembleia realizada nessa segunda-feira, antes da reunião da Seger, que também foi precedida por uma marcha que saiu da Assembleia Legislativa rumo à Secretaria, na Avenida Vitória. As assembleias acontecerão em cidades como Cachoeiro de Itapemirim, no sul, Linhares e Colatina, no norte e noroeste, e nos teleflagrantes, espaços que, aponta o presidente do Sindipol, estão com carência de profissionais, como delegados.

Sindipol

O compromisso de estabelecer uma nova data para a reabertura da mesa de negociação foi firmado pela Seger em uma reunião realizada nessa segunda, quando o Sindipol/ES dialogou com a assessora especial para Relações Sindicais da pasta, Bárbara Carneiro. A categoria reivindica a implementação da Lei nº 14.735/2023, a Lei Orgânica Nacional da categoria, aprovada em 2023.

Uma das mudanças implementadas no Espírito Santo foi a unificação dos cargos de agente, investigadores e escrivães, criando, então, o de oficial investigador de Polícia, o que deu mais autonomia e outras atribuições, como a de gestão, como aponta Aloísio. Contudo, a tabela de subsídios não foi atualizada. O pleito é por um reajuste de 15%.

Diante das manifestações, o presidente da Comissão de Segurança da Assembleia, Danilo Bahiense (PL), afirmou, durante a sessão ordinária também na segunda-feira, que pediria atenção do governador Renato Casagrande (PSB) e do vice, Ricardo Ferraço (MDB), para o pleito dos policiais civis. A abertura da negociação com a gestão estadual começou em 30 de setembro, em uma reunião com o secretário estadual de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon, e Bárbara Caniçali, que se comprometeram a analisar a demanda, mas não houve resposta.

De lá pra cá, informa o diretor de Relações Institucionais do Sindipol, Humberto Mileip, foram feitas outras duas reuniões com representantes da gestão de Renato Casagrande (PSB). Uma foi com o secretário estadual se Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, que se comprometeu a intervir na gestão estadual. A outra, recente, foi com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), que disse ter tomado ciência da demanda naquele momento e falou que iria interceder junto à Seger e à Casa Civil.

No dia cinco de novembro, o sindicato se reuniu com a Casa Civil, que também afirmou saber da demanda durante a reunião e se comprometeu a dar uma resposta para a categoria até o final de novembro, prazo considerado muito distante pelos trabalhadores. “Em setembro a Seger falou que iria conversar com todos atores desse processo. Um deles é a Casa Civil. Se eles só ficaram sabendo das reivindicações quando nos reunimos, é mais um sinal de desrespeito e descaso com as nossas demandas”, lamenta Humberto.

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