Sexta, 17 Mai 2024

Segurança pública não escapou dos cortes do governo

A “guilhotina” nos gastos foi a tônica dos primeiros cem dias do governo Paulo Hartung (PMDB) e a segurança pública não escapou dos cortes. Os serviços selecionados para contenção, no entanto, contemplam policiamento ostensivo, o que dá real sensação de segurança à população. 
 
Nos primeiros dias do ano, o anúncio do corte nas diárias dos policiais militares responsáveis pelo policiamento nos balneários já chamou a atenção. O corte nos gastos com combustíveis nas viaturas continua em vigor e, em março, veio a notícia que o secretário de Estado de Segurança Pública André Garcia determinou o recolhimento de 54% dos smartphones utilizados pelas equipes da Polícia Militar que atuam nos bairros.
 
Os aparelhos eram destinados a policiais que faziam policiamento a pé, de bicicleta ou a cavalo e serviam para que os PMs acessassem o banco de dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para verificar dados dos cidadãos. Os telefones complementavam o serviço das viaturas, que já são dotadas de computador de bordo.
 
Fato digno de nota é que o secretário da pasta, André Garcia, é um  remanescente do governo anterior, e ele mesmo havia declarado, na ocasião da aquisição dos aparelhos, que para redução da violência é essencial que sejam contratados policiais e realizados investimentos em tecnologia. 
 
Na época, o secretário também declarou que o fato de os policiais estarem conectados e interligados à base e ao banco de dados proporcionaria mais agilidade à polícia, reduzindo a impunidade. O mesmo secretário que enalteceu o uso os aparelhos foi o que determinou a retirada deles de circulação.
 
Homicídios
 
Uma tendência iniciada em 2011, a redução dos homicídios segue a passos lentos no Estado. Até março deste ano foram registrados 447 homicídios no Estado, o que representa queda de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 482 mortes violentas. 
 
A acuidade deste número, no entanto, é questionável, já que não entram na conta diversas categorias de mortes violentas, como confronto com a polícia, encontro de cadáver e aquelas decorrentes de lesão corporal que acontecem dias depois. 
 
A Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), entre janeiro e fevereiro, apresentou um salto no número de homicídios, de 74 para 95 – fato intrigante, considerando que fevereiro tem 28 dias. Em média, foram 2,3 assassinatos por dia em janeiro e 3,3 em fevereiro. Março registrou 93 homicídios na Grande Vitória. 

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