Sábado, 18 Mai 2024

Segurança pública, saúde e transportes estão entre os piores serviços, aponta pesquisa

A pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira (25), vai além da avaliação da presidente Dilma Rousseff e dos governadores de 11 estados do País, incluindo o do Espírito Santo, Renato Casagrande. O levantamento também coletou impressões da população sobre os serviços públicos e o resultado é o reflexo dos principais problemas que as regiões pesquisadas enfrentam.
 
 
De acordo com a pesquisa, dos 13 tipos de serviços públicos avaliados, segurança pública, transportes e postos de saúde e hospitais tiveram a pior avaliação, sendo que segurança e saúde foram considerados de baixa ou muito baixa qualidade por 87% dos entrevistados. Transporte público teve índice de 73% de baixa ou muito baixa qualidade. 
 
Embora os resultados se refiram à pesquisa em todos os estados estudados, é reflexo da realidade capixaba, que tem na segurança pública, na saúde e no transporte público os principais desafios de enfrentamento. Pelo menos essas demandas estão na pauta das ruas.
 
Na questão da segurança pública, basta tomar os índices de homicídios no Estado para comprovar que a área necessita de mais investimentos. Segundo o Mapa da Violência 2013 – homicídios e juventude no Brasil, o Estado é o segundo em mortes violentas do País, com taxa de 47,4 mortes por 100 mil; segundo em homicídios de jovens, com taxa de 156,4 por 100 mil; de jovens negros, com 144,6 mortes por 100 mil; e primeiro no assassinato de mulheres e de mulheres jovens, com 9,2 e 21,4 mortes por 100 mil respectivamente. 
 
Mais do que índices de homicídios, a percepção de baixo investimento em segurança pública também se expressa em outras questões, como no aparelhamento e efetivo policial; no número de ocorrências atendidas; no tempo de resposta dos chamados; no número de furtos e roubos; e em assaltos com uso de violência. 
 
Já no setor de transporte público, o descontentamento do capixaba ficou evidente durante as manifestações ocorridas entre os meses de junho e julho. A concessão do sistema Transcol, que atende à Grande Vitória foi declarada nula pela Justiça e válida até a conclusão do processo de licitação, que ainda não foi realizado. A audiência pública que seria realizada para discutir o modelo de licitação para o sistema Transcol e para os intermunicipais já foi adiada por três vezes e vai ser realizada no dia 7 de agosto. 
 
As reclamações sobre mobilidade urbana também se materializaram na cobrança do pedágio da Terceira Ponte, alvo de uma série de protestos. A polêmica também pôs em  votação o projeto do deputado Euclério Sampaio (PDT), que não foi aprovado, mas provocou uma crise no Legislativo estadual, que ficou ocupado por 12 dias.
 
    

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