Domingo, 19 Mai 2024

Servidores do Iases denunciam fugas em unidades do Estado

O Sindicato dos Servidores e Trabalhadores no Atendimento Socioeducativo do Estado (Sinases) denuncia as recorrentes fugas que vêm ocorrendo nas unidades do Instituto de Atendimento Socioducativo (Iases). De acordo com o vice-presidente da entidade, Bruno Menelli Dalpiero, foram pelo menos 16 fugas de adolescentes em duas semanas. 

 
Só na unidade do Xuri, em Vila Velha, foram 12 fugas no período, e na Unidade de Atendimento Inicial (Unai), em Maruípe, ocorreram duas fugas. Nessa segunda (17) e quarta-feira (19) ocorreram fugas na Unidade de Atendimento Socioeducativo (Unis) de Cariacica. Em todas as fugas os adolescentes utilizam o expediente de pular o muro e o alambrado das unidades. 



Há controvérsias em relação às fugas ocorridas na unidade do Xuri, mas os agentes confirmam que elas ocorreram. A entidade conta que o Iases nega a ocorrência das 12 fugas, já que os adolescentes foram recapturados e reencaminhados à unidade.
 
No entanto, em uma fuga ocorrida há duas semanas, um adolescente que fazia uma atividade de panificação pegou uma faca e rendeu o agente de segurança, fugindo pela porta da frente da unidade. Da ação participaram nove internos, mas apenas um conseguiu fugir. 
 
De acordo com Bruno, os adolescentes fogem por não haver atividades socioeducativas nas unidades. As atividades não acontecem por não haver corpo técnico especializado para a aplicação. As gerências e subgerências, principalmente, são cargos de indicação política, ocupados por pessoas despreparadas e sem capacitação. 
 
Também pela falta de experiência do corpo técnico, as gerências e subgerências das unidades não conseguem aplicar as atividades, já que os adolescentes só aceitam desenvolver o que querem. Segundo Bruno, o corpo técnico acaba por aceitar para evitar rebeliões. 
 
O Sinases reivindica melhores condições de trabalho no Iases; aumento no número de agentes socioeducativos, já que para desenvolver atividades com mais qualidade é necessário um quadro maior, e mudanças na escolha do corpo técnico, principalmente nas gerências e subgerências, para evitar o loteamento político na autarquia. 

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