Quarta, 08 Mai 2024

Superintendente da Polícia Técnica-Científica entrega cargo de chefia

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O perito superintendente da Polícia Técnica-Científica do Espírito Santo, Francisco Mutz Ratzke, pediu exoneração nesta segunda-feira (4). O líder se une aos chefes de departamento que também entregaram os cargos, aderindo à mobilização da perícia capixaba pela valorização salarial e autonomia da categoria.

"A situação já estava bem complicada com o pedido de exoneração dos chefes. Agora se agrava, porque ficamos sem chefes de departamento, sem superintendente (...) É preciso olhar com bastante urgência e respeito, porque não vai se aceitar que as negociações não sejam feitas direto com os peritos", alerta o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Espírito Santo (Sindiperitos), Tadeu Nicoletti. Profissionais do Departamento Médico Legal (DML) também participam do movimento. 

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) diz estar ciente das manifestações dos peritos, mas alega que, até o momento, "não há registro de paralisação de serviços nem prejuízo no atendimento ao público".

"O Governo do Estado tem mantido o diálogo constante com a categoria e mantém as portas abertas para dar continuidade às discussões que já estão em andamento. Cabe ressaltar que foi recém-aprovado um reajuste para a linear de 6% aos servidores estaduais. Além disso, especificamente os servidores da Segurança Pública, como os peritos criminais, receberão mais 4%, totalizando, inicialmente, 10%. Há previsão ainda de que eles recebam mais 4%, em julho deste ano, como estabeleceu acordo feito em 2020", respondeu por meio de nota.

Os peritos capixabas, no entanto, apontam que a categoria tinha uma negociação específica com o Governo do Estado, já que estão colocados entre os piores salários da perícia brasileira. A ideia era criar uma política de valorização salarial, pauta que até começou a ser discutida com a gestão, mas foi interrompida de forma unilateral.

De acordo com o sindicato, uma reunião com a gestão Casagrande (PSB) está prevista para acontecer ainda nesta segunda-feira (4), com a chefia da Polícia Civil e alguns representantes de departamentos da Polícia Científica, mas nenhum contato foi estabelecido com o sindicato. "A perícia quer que sua autonomia profissional seja respeitada e que as negociações sejam feitas diretamente com o governo, sem intermediários", relata Tadeu.

Os profissionais estão mobilizados na sede da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), em Vitória, há uma semana. Após uma assembleia, os servidores decidiram não subir para ocupar os postos de trabalho, em resposta à desvalorização da categoria.

A entrega do cargo por parte do superintendente, nesta segunda (4), se soma a mobilizações parecidas este ano. No dia 23 de fevereiro, servidores com cargos de chefia em setores de Laboratórios Forenses, Criminalística e Identificação, também pediram exoneração, como forma de protesto.

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