Sexta, 29 Março 2024

Apesar do impasse, Sindiupes afirma que segue buscando acordo com o governo

Apesar do impasse, Sindiupes afirma que segue buscando acordo com o governo
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes-ES), multado em R$ 630 mil por descumprimento de liminar judicial que determinava a suspensão das greve dos professores, iniciada em 14 de abril, vai utilizar os 15 dias de prazo para tentar negociar com o governo algum avanço para as reivindicações da categoria. 
 
De acordo com o diretor da entidade Rodrigo Agapito, a decisão de permanecer ou não em greve é, e vai sempre ser, dos professores, que votam em assembleia. A próxima assembleia da categoria vai ser realizada na próxima quarta-feira (21), no auditório do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES). 
 
Agapito acrescenta que o sindicato vai tentar obter, pelo menos, um avanço concreto para os professores. Ele diz, ainda, que resposta concreta é dizer se vai atender a alguma reivindicação, e não formar grupo de trabalho, para analisar a possibilidade de concessão de qualquer benefício. 
 
O diretor também lembra que a execução da multa de mais de meio milhão de reais é mais uma tentativa de pressionar a categoria para voltar à sala de aula. “O que se coloca é que se não voltarem, a multa vai ser executada”, completa ele.
 
O sindicalista também salienta que essa tática é o que vai ser sempre feito, já que o recurso de mexer no bolso, ameaçar corte de ponto ou demissão é a arma que o governo tem nas mãos.
 
Mediação
 
Nesta terça (13) e quarta-feira (14) representantes do Sindiupes e da base dos professores; e do governo participaram de mediação com o Ministério Público Estadual (MPES) na tentativa de avançarem nas negociações. No entanto, não houve avanço para a categoria. 
 
A primeira proposta foi a criação de um grupo de trabalho paritário, com representantes do Sindiupes e das secretarias de Estado da Educação (Sedu) e de Gestão e Recursos Humanos (Seger), além da participação do segmento de pais e alunos. O objetivo desse grupo é iniciar um estudo para efetivar a gestão democrática nas escolas e a forma de escolha dos diretores das unidades educacionais. A conclusão dos trabalhos deve ocorrer até 29 de agosto deste ano. 
 
Também foi proposta na reunião a constituição de um novo grupo de trabalho para debater alterações no Estatuto do Magistério. A nova redação deverá, obrigatoriamente, ser concluída e enviada à Assembleia Legislativa também até 29 de agosto, apenas em pontos que não impliquem em impacto financeiro.   
 
Sobre a questão salarial, o governo alegou ainda estar à espera do posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a possibilidade de conceder a recomposição das perdas salariais. No entanto, a lei eleitoral diz, apenas, que não se pode conceder reajuste acima do limite da inflação do período. O índice pleiteado pelos professores está abaixo do limite.    
 
Calendário
 
Na próxima semana, os professores da rede estadual vão realizar vigílias e atos públicos em diferentes pontos da Capital. Na segunda-feira (19) pela manhã os professores realizam vigília em frente à Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Praia do Suá, em Vitória.
 
Já na terça-feira (20) à tarde os professores realizam um ato público em frente ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-ES), na Enseada do Suá. 
    

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