Terça, 23 Abril 2024

Após assembleia, investigadores deliberam paralisações pontuais em delegacias

Os investigadores de Polícia Civil realizaram assembleia na manhã desta sexta-feira (21) para deliberar ações com o objetivo de chamar a atenção do governo para os problemas que a categoria enfrenta. Do encontro, ficou decidido que haverá paralisações pontuais em delegacias especializadas, das 9 horas às 18 horas, começando nesta sexta pelo Plantão Especializado da Mulher (PEM) e pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). 
 
Na próxima quarta-feira (26), a paralisação acontece na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e deste encontro serão deliberadas as próximas ações. 
 
De acordo com o presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado (Sinpol), Junior Fialho, os profissionais pleiteiam uma reunião com o governo para discutir a pauta de reivindicações, além de aumento de efetivo e melhoria nas condições de trabalho.
 
Durante as paralisações, os investigadores vão propor uma reflexão à sociedade. Fialho afirma que os índices de violência permanecem altos por conta, também, da falta de efetivo policial para a apuração de crimes. “Na Delegacia da Mulher não há efetivo suficiente para atender à demanda de casos que chegam. Existem de 40 a 50 policiais, que trabalham em regime de plantão, para fazer diligencias, além de cumprir expediente para atender aos casos”, conta ele. 
 
O presidente do Sinpol acrescenta que a falta de efetivo se estende às outras delegacias especializadas, o que compromete o andamento de investigações. 
 
Fialho também lembra que a medida adotada pelo governo de fechar as delegacias distritais após as 18 horas contribui para o aumento da violência. Ele explica que essas unidades, conhecidas como delegacias de bairro, recebem ocorrências em horário comercial e que, após este horário, precisam ser registradas nos Departamentos de Polícia Judiciária (DPJs). 
 
O sindicalista salienta que esse fechamento acaba por inibir o registro de ocorrências dos DPJs, dependendo da distância entre o local da ocorrência e a delegacia. Além disso, também distancia ainda mais a polícia da comunidade. Até alguns anos atrás, as delegacias ficavam abertas 24 horas. 
 
Além do baixo efetivo, os investigadores denunciam as condições precárias dos alojamentos e jornada de trabalho excessiva. Junior Fialho afirma que a categoria vai continuar cobrando e que os investigadores querem dialogar e achar uma solução para os problemas da categoria na base da parceria.  

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