Sábado, 27 Abril 2024

Após assembleia, professores da rede estadual decidem manter paralisação

Após assembleia, professores da rede estadual decidem manter paralisação
Os professores da rede estadual, em greve desde o dia 14 de abril, realizaram assembleia geral na manhã desta quarta-feira (7), no auditório do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), e decidiram pela continuidade do movimento. Após a reunião, os professores saíram em passeata pelas ruas de Vitória até a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Praia do Suá. 
 
 
Durante a assembleia, os professores também votaram a respeito do financiamento da greve. A categoria deliberou para que a verba da Força Sindical seja usada exclusivamente para a greve. Foram eleitos, ainda, cinco professores da base para acompanhar a aplicação do dinheiro. 
 
Depois de terminada a assembleia, os profissionais saíram em caminhada pela Avenida Vitória, em direção à Sedu. Durante a passeata, os professores repudiaram a instalação de câmeras em escolas da rede estadual, a exemplo do que foi feito na Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) São Luiz, em Santa Maria de Jetibá (região serrana), em que foram instaladas câmeras nos banheiros, constrangendo os alunos, sob o pretexto de que seria para inibir o uso de drogas e depredações do patrimônio. 
 
Ao chegarem à Sedu, os professores entraram no prédio dizendo palavras de ordem e percorreram os andares do edifício promovendo um “apitaço”.  
 
Os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial para 2014, com aplicação da Lei do Piso; revisão dos planos de cargos, carreiras e salários vencidos; e eleição direta para direção escolar.
 
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) pediu à Justiça a ilegalidade da greve antes mesmo que ela começasse e o Estado conseguiu liminar neste sentido. O setor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sindiupes), no entanto, recorre da decisão e o movimento foi mantido.
 
Reunião 
 
Nesta terça-feira (6) uma reunião no Ministério Público do Estado (MPES) teve objetivo de mediar as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) e o governo. Esta foi a primeira reunião organizada a pedido MPES com o objetivo de intermediar o fim da greve dos servidores da Educação, deflagrada em 8 de abril, com início da paralisação em 14 de abril.
 
Para evitar que os alunos sejam prejudicados, o MPES vai tentar mediar um Termo de Compromisso entre o Estado e os professores. 
 
O Sindiupes, por meio dos seus representantes presentes à reunião - dois diretores e o advogado do sindicato - solicitou a apresentação de propostas concretas, que atendam aos principais pleitos da categoria. Essas propostas serão levadas à classe, na tentativa de construção de um acordo, a ser discutido já na próxima reunião.
 
O diretor do Sindiupes Gean Carlos Nunes de Jesus observou que os professores têm responsabilidade com o ensino, mas que há necessidade de negociação com o Estado para que os pleitos da categoria sejam atendidos. Avaliou que o impedimento do reajuste solicitado com base na vedação eleitoral é questionável, vez que o governo federal concedeu reajuste no benefício do Programa Bolsa Família sem que houvesse proibição pela mesma lei.

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