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Aprovados no concurso do Banestes protestam por nomeações

Um grupo de concursados que aguarda convocação para ingressar no quadro de funcionários do Banestes realizou na manhã desta terça-feira (30) um protesto cobrando novas contratações. Com gritos de “convoca Banestes”, eles panfletaram com representantes do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) na entrada do Palas Center, prédio onde funciona a administração do banco.

O processo seletivo em vigor é de agosto de 2015 e o prazo de validade já foi prorrogado por um ano, por isso, não pode ser estendido. Restando 81 dias para o vencimento do concurso e com as últimas convocações feitas há mais de sete meses, a apreensão toma conta daqueles que esperam por uma vaga.

“A gente sabe que há uma crise econômica, mas o Banestes está no caminho contrário dessa crise, está crescendo, lucrando. Tem muita gente se aposentando no banco, agências com falta de funcionários, não há motivo para segurar as convocações. O concurso está chegando ao fim e não sabemos se seremos chamados” diz Janaína Rodrigues, que passou em 11° lugar para o cargo de técnico bancário no polo da Serra, para onde, segundo ela, foram convocadas apenas seis pessoas até o momento.

Jessé Alvarenga, diretor do sindicato, parabenizou os concursados pela iniciativa e lembrou que todas as contratações realizadas foram resultado da luta da categoria. “Os últimos concursos e convocações só aconteceram porque houve pressão, foram resultado da cobrança da categoria, por isso esse ato é importante. O banco assumiu em mesa de negociação da Campanha Salarial o compromisso de contratar mais bancários e vamos continuar cobrando”, destacou Jessé.

Contratações são necessárias

O apelo por mais empregados não vem apenas dos concursados. Nas agências e departamentos do banco a sobrecarga é grande, o que interfere diretamente na saúde dos empregados e na qualidade do atendimento.

“Recentemente o sindicato acolheu um bancário de uma cidade do interior que quer pedir demissão por não aguentar mais as faltas condições de trabalho. Esse déficit de empregados atinge todo o Estado, e está piorando à medida que o banco não repõe as ausências geradas por aposentadorias”, explica Júlio César Gomes, diretor do sindicato.

Fechamento de agências

O sindicato também denunciou a política de fechamento de agências e postos de atendimento considerados poucos rentáveis. Para a entidade, o papel do Banestes como banco público não se restringe a ser lucrativo.

“Esse banco tem um papel importante na economia e no desenvolvimento do Espírito Santo, portanto, a solução não é fechar agências, não é eliminar postos de trabalho; é investir na economia, gerar emprego, melhorar as condições de trabalho. Tem muita gente trabalhando em excesso nas agências e a gente sabe que o banco pode e deve convocar os concursados”, disse Jonas Freire, coordenador geral do Sindibancários e empregado do Banestes.

Em maio o banco tentou fechar a unidade de Barra do Riacho, em Aracruz (norte do Estado), mas a população se mobilizou e garantiu que o posto permanecesse aberto, mantendo o atendimento para mais de 30 mil pessoas. Foi assim também com a agência de São Torquato, Vila Velha, que estava ameaçada de fechamento, mas acabou sendo transformada em posto de atendimento depois do protesto de moradores no ano passado.

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