Domingo, 05 Mai 2024

Associação dos Peritos Papiloscópicos denuncia precariedade na Casa do Cidadão

A Associação dos Peritos Papiloscópicos do Estado (Appes) denunciou a precariedade das condições de trabalho e de atendimento ao público do Posto de Identificação da Casa do Cidadão, em Vitória. Depois de receberem reclamações, representantes da entidade foram ao local e conversaram com servidores, peritos e com pessoas que buscam atendimento no local. 
 
De acordo com a entidade, no local o ar condicionado não funciona alguns banheiros estão interditados. A falta de ar condicionado no local em que é feito o atendimento ao público submete população e servidores a temperatura alta dentro do posto. 
 
Além disso, os documentos ficam expostos em ambiente aberto sujeitos à ação do tempo. A Appes também denuncia que quando chove o local alaga.
 
Os servidores denunciaram que uma funcionária da prefeitura indica quantos documentos de identidade serão emitidos por dia, em uma espécie de gerenciamento do setor, atividade privativa de servidores do governo estadual. Para a entidade, o setor passou a ser um órgão da prefeitura e não mais da Polícia Civil. 
 
A associação ressalta que a usurpação acontece em todo o Estado, já que sequer existe perito papiloscópico em 54 municípios. 
 
A falta de peritos em municípios facilita a ocorrência de fraudes como a que aconteceu em Afonso Cláudio, na região serrana do Estado. Em junho deste ano uma servidora do município foi presa acusada de vender documentos de identidade por R$ 50. A fraude foi constatada em Vitória por uma perita papiloscópica com larga experiência em classificações de impressões.
 
A perita, ao analisar o cartão com as impressões digitais, observou que já tinha classificado uma impressão digital idêntica anteriormente, já que a impressão tinha um detalhe pouco comum. 
 
Depois de verificar os outros processos, a perita constatou que havia oito deles com as mesmas impressões digitais. A detecção da falha só foi possível por conta da experiência da perita, que lembrou de um detalhe incomum na impressão. O Departamento de Identificação (Deid) não tem sistema informatizado, por isso, não seria possível saber se a mesma impressão já havia sido cadastrada, a não ser pela memória da perita papiloscópica.
 
   

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