Sábado, 04 Mai 2024

Bancários confirmam adesão à greve geral do dia 30 de junho

O Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) fez uma assembleia na noite desta terça-feira (20) que confirmou a adesão da categoria à greve geral, marcada para o dia 30 de junho. A greve vem sendo convocada nacionalmente pelas centrais sindicais em protesto contra o Projeto de Lei 38/2017, conhecido como Reforma Trabalhista e contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016, a Reforma da Previdência.



Os bancários farão panfletagens e divulgação dos nomes dos parlamentares da bancada capixaba que apoiam as reformas para, além de construir a greve geral no Estado, pressionar a bancada para a não aprovação dos projetos.



Nesta terça-feira (20), o relatório da Reforma Trabalhista – do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. No lugar dele, foi aprovado simbolicamente o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-ES).



O relatório foi rejeitado por 10 votos contrários e nove votos a favor da matéria. Com críticas ao projeto, Paulo Paim afirmou que o texto é uma “traição ao povo brasileiro”, pois o governo tenta “vender o céu” com uma proposta que não vai gerar emprego nem aumentar as contratações formais e só vai beneficiar o grande empregador. “Essa reforma é um cavalo de troia sim, bonito por fora e por dentro tem uma bomba que vai explodir com a vida do povo brasileiro. Faço um apelo aos senadores e senadoras, com todo o carinho que tenho por cada um deles, vamos rejeitar esse projeto aqui, é a única forma de conseguir um acordo. Rejeita aqui, ele vai para a CCJ e lá poderemos construir um acordo que evite tudo que dissemos aqui”, disse Paim.



A matéria é apontada como o desmonte da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Dentre as mudanças que a matéria gera está o negociado sobre o legislado, ou seja, o que passa a valer é o negociado entre patrões e empregados, e não o que determina a CLT, o que é apontado como a precarização das relações de trabalho.



O projeto também permite a terceirização irrestrita nas empresas, inclusive nas atividades-fim; parcelamento de férias em até três vezes; permite jornada de até 12 horas seguidas, por 36 de descanso para mais categorias; e tira da Justiça do Trabalho a atribuição de anular acordos coletivos ou individuais de trabalho, enfraquecendo essa corte.

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