Sexta, 26 Abril 2024

Bancários decidem manter greve por tempo indeterminado

Bancários decidem manter greve por tempo indeterminado
Depois de reunião realizada em São Paulo na tarde desta sexta-feira (4) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a categoria decidiu pela manutenção da greve, que já dura 16 dias, por tempo indeterminado. 
 
A entidade patronal apresentou contraproposta de 7,1% de reajuste salarial; 7,5% sobre o piso de ingresso, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) fixa no valor de 10%. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta – considerada uma provocação — e orientou a manutenção e ampliação da greve.
 
“A proposta da Fenaban é indefensável, uma provocação diante de uma das maiores greves da categoria bancária. Vamos continuar nas ruas, ampliar o movimento de paralisação e arrancar uma proposta decente de negociação, que traga efetivamente valorização para os trabalhadores bancários e atenda às cláusulas econômicas e sociais da categoria”, ressaltou Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Estado, que integra o comando nacional.
 
A greve nacional dos bancários foi deflagrada no dia 19 de setembro, quando os trabalhadores fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o País. O movimento vem se ampliando dia após dia, atingindo 11.406 dependências nessa quinta-feira (3). No Espírito Santo, o número de agências fechadas chegou a 254 nesta sexta-feira, o maior desde o início da greve.
 
Os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, que corresponde a 5% de aumento geral mais inflação projetada de 6,6%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21, que é o piso do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche ou babá no valor de R$ 678 ao mês para cada, equivalente ao salário mínimo. 
 
Além disso, pleiteiam o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; fim das demissões; mais contratações; aumento da inclusão bancária; combate às terceirizações, especialmente ao Projeto de Lei (PL) 4330/04 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe as dispensas imotivadas.   

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