Sábado, 18 Mai 2024

Bancários elegem nova diretoria do sindicato nesta semana

A eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) terá início nesta terça-feira (24) e segue até quinta-feira (26) em todo o Estado. A entidade representa 9 mil bancários no Estado, sendo que cerca de 6 mil são esperados para a votação. 
 
O pleito deste ano, que elege diretoria que atuará no triênio 2015-2018, representa a ruptura entre as correntes de esquerda que compunham o sindicato há 27 anos. Esta é a primeira vez, desde 1988 que a eleição no Sindibancários é composta por duas chapas.
 
A Chapa 1, de situação, é formada majoritariamente por integrantes do PSOL, que há 15 anos tem maioria entre os diretores da entidade. O Sindibancários é um dos mais mobilizados sindicatos em atividade, contra ele há uma união de tendências. Por isso, uma derrota da chapa da situação pode significar a perda de um importante reduto na região. 
 
A principal divergência que originou o racha entre as correntes de esquerda que formavam o sindicato teve início quando integrantes do PT deixaram o partido para formar o PSOL e sua corrente sindical, que assumiu a Ação Popular Socialista (APS), mas que, até então, sempre fazia alianças com as demais correntes do PT.
 
A chapa de oposição (Chapa 2) é formada majoritariamente por integrantes do PT. Estão representadas na chapa quase todas as correntes petistas, como a Construindo um Novo Brasil (CNB); a Articulação Sindical (ArtSind), que é ligada ao deputado estadual Luiz Carlos Nunes (PT); a Democracia Socialista (DS); Alternativa Socialista (AS), ligada ao atual secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, João Coser; e a Articulação de Esquerda, que apoia a chapa, apesar de não ter um nome. Também compõem a chapa bancários sem filiação partidária.
 
Além disso, a chapa de oposição é apoiada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidades que têm acompanhado de perto o pleito dos bancários do Estado. 
 
A disputa pela diretoria do Sindibancários promete ser acirrada, já que a polarização entre as chapas ultrapassa as barreiras do Estado. Caso a Chapa 1 não saia vitoriosa no pleito, será uma perda significativa para o PSOL, que recentemente também perdeu a representatividade no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), que tem eleições previstas para setembro – quando uma chapa representada pelo partido também deve ser registrada.  
 
Em comum entre as duas chapas que disputam a eleição está a oposição à privatização do Banestes. No entanto, o questionamento da Chapa 1 em relação à Chapa 2 é a submissão da CUT a governos, em detrimento das pautas trabalhistas. 
 
Já a chapa de oposição questiona o fato de a Chapa 1 ter 13 membros da diretoria do PSOL, além de outros três no Conselho Fiscal. Na Chapa 1, além dos integrantes do PSOL, também há um integrante da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB, e outros bancários que não são ligados a partidos políticos. 

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