Centrais sindicais preparam greve geral para a próxima quarta-feira
A aprovação, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 4.330/04 que universaliza a possibilidade de terceirizações provocou a reação de centrais sindicais e movimentos sociais que se opõem à matéria. Representantes de trabalhadores do campo e da cidade programam, para a próxima quarta-feira (15), uma greve geral em todo o País.
Para o ato, vão se reunir a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), e movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). As entidades vão cobrar a retirada do projeto de lei.
O projeto permite a terceirização irrestrita tanto em atividades-meio quanto em atividades-fim das empresas privadas, públicas ou de economia mista. As centrais consideram que ele promove a perda de direitos históricos conquistados pelos trabalhadores.
Para a votação, o Plenário da Câmara fechou um acordo para permitir a votação, na sessão desta quarta-feira (8), do texto-base do projeto que regulamenta a terceirização. Já as emendas e destaques para supressão de pontos do texto serão apresentados até a próxima terça-feira (14), às 14 horas.
Apenas o PT, o PCdoB e o PSol orientaram as respectivas bancadas a votarem contra a proposta. Os demais partidos orientaram pela aprovação. Durante a votação nominal, parlamentares contrários à proposta ergueram uma faixa que orientava a Casa a votar contra a matéria, já que ela fere a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Os bancários são a categoria que mais teme a redução de postos de trabalho por conta do projeto de lei. Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jessé Alvarenga, o PL 4330 representa o fim da categoria, já que permite a substituição de bancários por empregados terceirizados.
Dos noves deputados federais capixabas, seis votaram a favor do PL 4330. Foram eles: Evair de Melo (PV), Lelo Coimbra (PMDB), Marcus Vicente (PP), Paulo Foletto (PSB), Sérgio Vidigal (PDT) e Carlos Manato (Solidariedade). Apenas os deputados Jorge Silva (PROS); Givaldo Vieira (PT) e Helder Salomão (PT) foram contra a aprovação do projeto.
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