Defensores Públicos iniciam movimento de greve na próxima terça-feira
Os defensores públicos do Estado decidiram deflagrar movimento de greve a partir da próxima terça-feira (21), após assembleia geral realizada nesta quarta-feira (15). Os profissionais, no entanto, não vão paralisar completamente as atividades, e sim focar os esforços em áreas específicas, como na assistência aos atingidos pelas chuvas, saúde, educação e direitos humanos. Outros setores, como audiências criminais e cíveis, no entanto, vão ter as atividades reduzidas.
De acordo com o presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado (Adepes), Leonardo Oggioni, a expectativa é de que 40% a 50% das atividades sejam mantidas durante o movimento.
O defensor alerta que, se há poucos meses a Defensoria Pública Estadual perdia um profissional a cada 23 dias, atualmente o órgão perde um a cada dez dias. Ele salienta que 10 defensores públicos estão na fase final do concurso da magistratura, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES).
Para a Adepes, a saída de profissionais vem ocorrendo em função da omissão do governo quanto à valorização da carreira, o que poderá gerar um esvaziamento recorde nos quadros da Defensoria Pública Estadual.
Os defensores pleiteiam uma carreira mais próxima a outras carreiras jurídicas do Espírito Santo. A remuneração do defensor no Estado está entre as piores do Brasil e equivale a cerca de 40% dos salários de promotor e de juiz.
No Espírito Santo, 79% da população é usuária em potencial dos serviços prestados pela Defensoria Pública, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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