Em protesto contra política do governo, trabalhadores da saúde ocupam prédio da Sesa
Os servidores estaduais da saúde realizaram na manhã desta quarta-feira (9) uma manifestação reivindicatória, em Vitória, em busca de melhorias salariais e em benefícios. O ato público teve início por volta das 8h30 na Praça do Papa, na Enseada do Suá e, de lá, os servidores seguiram para a Secretaria de Estado da Saúde, no mesmo bairro.
Os trabalhadores ocuparam o prédio da secretaria com faixas e cartazes e realizaram um apitaço cobrando uma reunião com o secretário de Saúde, Ricardo de Oliveira, e com um representante da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos.
Os servidores cobram a recomposição salarial, além da definição de uma data-base, regularização do auxílio-alimentação e a criação de uma mesa de negociação permanente.
Outro ponto de discussão dos servidores é o pagamento do adicional por insalubridade por local de trabalho e não por função, como é feito atualmente.
Depois do protesto os servidores foram recebidos por representantes do governo e reiteraram a cobrança do direito a férias e insalubridade. Os trabalhadores também foram ao Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para solicitar a liberação do tíquete alimentação.
Na Sesa, o subsecretário de Saúde, Hermínio Ribeiro, prometeu realizar uma reunião com os Recursos Humanos das unidades junto com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES) para garantir o período de descanso dos servidores. Também ficou acordado um encontro entre o secretário de Saúde e o chefe da Casa Civil, Robson Leite, com o Sindsaúde para discutir a pauta de reivindicações.
Já em frente no Tribunal de Justiça, os trabalhadores distribuíram sopa como forma de protesto contra o fato do tíquete alimentação ainda não ter sido liberado. Segundo a direção do sindicato, a Justiça concedeu um parecer favorável no valor de R$ 176. No entanto, ainda assim, a desembargadora Janete Vargas Simões não deu andamento ao processo.
Em reunião com a Sesa no fim de novembro, o Sindsaúde, questionaram o porquê de servidores que atuam no mesmo local não receberem todos a gratificação. A Sesa alegou que os servidores recebem de acordo com o parecer técnico da Comissão de Insalubridade, que considera a função e não a atividade realizada.
O Sindsaúde discordou, apontando que servidores que atuam nos mesmos locais de trabalho estão expostos aos mesmos riscos.
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