Quinta, 25 Abril 2024

Faturamento espetacular não faz Vale rever proposta de reposição salarial

Em mais uma negociação com a Vale, feita em Belo Horizonte (MG), nesta quarta-feira (8), a mineradora insistiu em uma proposta rebaixada para fechamento do Acordo Coletivo, que foi negada ainda na mesa pelos representantes dos sindicatos dos trabalhadores.



A empresa insistiu na proposta de reposição integral da inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos benefícios econômicos e um recuo na data do confisco na questão do plano odontológico que trata de aparelhos e implantes e que tem causado desconforto e revolta na categoria com a iminente retirada do benefício. A única diferença foi que propôs o 13° crédito no Vale Alimentação.



Em razão da proposta considerada inaceitável, os sindicatos participantes da rodada – Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer), Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Metabase) Itabira, Metabase Rio, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão (Stefem-MA) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Prospecção, Pesquisa, Extração, Beneficiamento, Operações Portuárias de Movimentação, Estocagem e Embarque de Minérios no Rio de Janeiro (Sindimina-RJ) – fizeram a Carta de Belo Horizonte expondo que, apesar do lucro obtido pela mineradora, a proposta segue rebaixada.



Segundo o documento, a empresa alcançou lucro de R$ 7,1 bilhões no terceiro trimestre de 2017, o que representa crescimento de 288% em relação ao mesmo período do ano anterior, e, apesar disso, a mineradora continua a tratar os empregados como "trabalhadores de segunda, sem a valorização salarial condizente à dedicação com que se empenham".



As entidades consideram que a proposta chega às raias do escárnio para com trabalhadores e dirigentes sindicais, propondo apenas a reposição da inflação, sem ganho real, alegando que a conjuntura econômica impede oferecer mais.



Além de oferecer a proposta rebaixada, a Vale, se valendo da Reforma Trabalhista que passa a vigorar neste sábado, anunciou cortes de benefícios caso o acordo não seja assinado até 30 de novembro.
 
Carta de Belo Horizonte



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