Sábado, 18 Mai 2024

Garis de Vila Velha decidem instaurar estado de greve

Os trabalhadores da limpeza de Vila Velha, que atuam em empresas terceirizadas pela prefeitura do município decidiram pela instauração de estado de greve durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira (8). Caso os empresários do setor não apresentem proposta favorável nas próximas horas, os garis paralisam as atividades. Se for apresentada proposta, os trabalhadores se reúnem novamente para análise.
 
O impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Espírito Santo (Sindilimpe-ES) e as 25 empresas que atuam no setor no Estado ocorreu na última reunião realizada na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), em 1 de abril. 
 
Na ocasião, os representantes dos trabalhadores chegaram a reduzir o índice de reajuste pedido de 12% para 8% e o valor do tíquete alimentação de R$ 500 para R$ 460. Ainda assim, os empresários se mostraram irredutíveis e ofereceram apenas 5,26% de reajuste no salário e no tíquete alimentação. 
 
A falta de acordo impediu que fosse fechado o acordo coletivo. Por isso, os garis podem parar, a exemplo do que aconteceu em fevereiro deste ano, quando os trabalhadores deflagraram greve. 
 
A categoria também está impactada e prejudicada pelas demissões em massa que estão ocorrendo, como é o caso de Vila Velha. Essa situação aumenta o trabalho para os garis que precisam dar conta de mais serviço com menos trabalhadores.
 
Como o edital de greve foi publicado na última semana, caso decidam pela greve, os trabalhadores podem parar a partir desta quinta-feira. 
 
Demissões 
 
Na sessão da Câmara de Vila Velha desta segunda-feira (6) o vereador Zé Nilton disse temer que a redução do número de servidores possa prejudicar a continuidade de projetos e programas da prefeitura de Vila Velha, além de comprometer a qualidade dos serviços que a municipalidade presta à população, sobretudo nas áreas sociais, em que as carências são maiores.
 
Segundo ele, a categoria se sente “humilhada e aviltada pela postura arrogante e pouco diplomática por parte dessas empresas, na condução do processo de negociação”. 
 
O edil salientou que no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) do município houve uma redução drástica na equipe que era formada por 10 servidores e que hoje conta com apenas um. “Será que não poderíamos rever outras políticas públicas, que não afetem tanto as áreas sociais, para fazer os cortes? Existem vários contratos que podem ser revistos, como é o caso da concessão do Estacionamento Rotativo. A empresa que explora os parquímetros fica com 94% dos lucros, enquanto a PMVV recebe apenas 6%”, disse ele.

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