Quinta, 18 Abril 2024

Governo Casagrande fecha o ano com ameaça de paralisação em diversos setores

Servidores estaduais de diversos setores do funcionalismo estão mobilizados neste fim de ano em busca de melhorias salariais e de condições de trabalho. Algumas categorias ameaçam inclusive paralisação. A insatisfação é em relação à política de remuneração do governo Renato Casagrande.
 
Os procuradores estaduais são os mais recentes a aderir a esse movimento. Os profissionais querem equiparação salarial a juízes e promotores. Informações dão conta de que os procuradores entregaram os cargos nesta segunda-feira (9), o que pode gerar uma crise administrativa no Estado, já que todos os processos jurídicos e administrativos passam pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) antes das decisões relativas a cada pasta. 
 
Além dos procuradores, os praças da Polícia Militar também estão insatisfeitos com a tabela de subsídio proposta pelo governo. Após manifestações ocorridas na última semana, os militares associados à Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado (ACS/PMBM/ES) permanecem em vigília aguardando a votação, na Assembleia Legislativa, do projeto de lei que altera a tabela de subsídio da categoria. 
 
De acordo com o presidente da ACS, cabo Flávio Gava, na última sexta-feira (6) teve início uma operação padrão dos policiais. Segundo ele, esse movimento deve tomar corpo no decorrer da semana.  Nesta segunda-feira (9) os militarres participaram de uma audiência pública da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa para debater igualdade de tratamento e de direitos individuais de policiais militares. Ausentes, os comandantes enviaram representantes que não responderam a quase nenhum dos questionamentos feitos, o que causou descontentamento especialmente no deputado Euclério Sampaio (PDT), que propôs os trabalhos.



Nesta terça-feira (10), os praças devem fazer um ato em frente ao Palácio Anchieta, sede do governo estadual, por ocasião de um almoço entre o governador Renato Casagrande e os deputados estaduais. Além desse ato, os militares também devem acompanhar as sessões da Assembleia Legislativa até a votação do projeto de lei. A categoria reivindica, no mínimo, o que o governo ofereceu aos oficiais.   
 
 
Os defensores públicos estaduais também deflagraram estado de greve, depois de assembleia realizada em 29 de novembro. A Defensoria Pública Estadual padece da evasão de profissionais, que deixam o órgão atrás de carreiras com melhor remuneração, no Judiciário ou até em outras Defensorias em outros estados. 
 
Para a Associação dos Defensores Públicos do Estado (Adepes), a saída de profissionais vem ocorrendo em função da omissão do governo quanto à valorização da carreira, o que poderá gerar um esvaziamento recorde nos quadros da Defensoria Pública Estadual. 
 
Os defensores pleiteiam uma carreira mais próxima a outras carreiras jurídicas do Espírito Santo. A remuneração do defensor no Espírito Santo está entre as piores do Brasil e equivale a cerca de 40% dos salários de promotor e de juiz. 
 
  

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Sexta, 19 Abril 2024

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