Greve dos rodoviários é reflexo da insatisfação com acordos do sindicato da categoria
A atual greve dos trabalhadores rodoviários no Estado acabou por levantar uma questão sobre os benefícios conquistados pela categoria. Nesta paralisação, que iniciou nesta segunda-feira (9), os trabalhadores lutam pelo direito de poder escolher entre dois planos de saúde: Samp e Unimed Vitória.
Na coluna desta semana de Caetano Roque, em Século Diário, publicada nesta terça-feira (10), o colunista salienta que os trabalhadores começaram se conscientizar sobre os acordos firmados entre os sindicatos representativos de trabalhadores e empresários nem sempre representam avanços para os trabalhadores.
Caetano explicou o esquema. “A empresa tira do índice de aumento dos trabalhadores um percentual ‘x’. Faz o plano de saúde do jeito que o ‘trio’ (empresa, sindicato e operadora de saúde) quer, e repassa para o trabalhador”.
No fim das contas, o trabalhador acaba pagando duas vezes (já que o plano é participativo) e está lutando para tirar o poder de escolha do plano de saúde dos sindicatos e poder escolher livremente o que melhor atende a categoria, tanto na questão dos valores a serem pagos quanto na rede de assistência.
No caso do Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) existe uma ação judicial de improbidade administrativa tramitando no Tribunal Superior do Trabalho (TST), datada de 2002, justamente sobre a questão de planos de saúde.
Ao fim desta greve dos rodoviários, população pode vivenciar mais um aumento no valor das passagens, uma vez que o reajuste anual não foi aplicado para 2015 e a queda de braço entre o sindicato patronal e o de trabalhadores pode resultar na cobertura do plano de saúde dos trabalhadores.
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