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Justiça determina bloqueio de R$ 2 milhões da Disa e da Infisa para pagamento de trabalhadores

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2 milhões das contas das empresas Destilarias Itaúnas S/A (Disa) e Infinity Itaúnas Agrícola S/A (Infisa), de Conceição da Barra, no norte do Estado, para o pagamento dos trabalhadores que bloquearam a BR-101 norte em protesto contra a falta de pagamento de salários e benefícios por parte das empresas do grupo Infinity Bio-Energy, que inclui também a Cristal Destilaria Autônoma de Álcool S/A (Cridasa) e Infinity Agrícola S/A (Iasa), de Pedro Canário, também no norte do Estado.

Os trabalhadores estão desde junho sem receber os salários e desde abril sem receber as cestas básicas, férias e sem depósitos de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O pedido de bloqueio partiu do Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES). O bloqueio visa assegurar patrimônio suficiente para o pagamento desses direitos violados, que serão cobrados em ação condenatória a ser proposta pelo MPT.

Nas últimas duas semanas, os trabalhadores das usinas têm realizado manifestações da BR-101 pelo pagamento do salário e de benefícios. Os trabalhadores descobriram que as empresas do grupo Infinity estavam desmontando o maquinário e enviando para São Paulo. Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Álcool do Vale do Mucuri (Sindialv), Elias Francisco Costa, afirmou que os trabalhadores da Disa já tinham sete cestas básicas atrasadas e dois meses de salários não pagos. Ele contou que a empresa Ouro Verde, que presta serviço na usina, já estava recolhendo os materiais e deixando no local.

No setor também está havendo uma onda de demissões, sem que haja o pagamento dos direitos dos trabalhadores. Os próprios trabalhadores estão se ajudando, tamanha a dificuldade que enfrentam.

O grupo Infinity se encontra em processo de recuperação judicial e apresentou à Justiça um novo “Plano de Recuperação Judicial”. Estima-se que somente com fornecedores, a Infinity Bio-Energy tenha uma dívida que ultrapasse os R$ 2 bilhões.

Além disso, o grupo acumula um grande passivo trabalhista e débito milionário nas Fazendas Públicas. O governo do Estado defende a decretação de falência do grupo. No entanto, isso pode ser um risco para os trabalhadores das indústrias, que já se manifestam pelo pagamento de salários e benefícios.

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