Quinta, 28 Março 2024

Mesmo apresentando crescimento no lucro líquido, Bradesco corta postos de trabalho

O Bradesco obteve um lucro líquido de R$ 14,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2017. O número representa um crescimento de 11,2%, em relação ao mesmo período de 2016 e de 2,3% no trimestre. Os números do banco crescem, porém, ao contrário disso, a holding encerrou setembro de 2017 com uma redução expressiva de 9,2 mil postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado.



Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), o Bradesco fechou quase 500 agências e eliminou mais de 9 mil postos de trabalho. Em julho, o banco anunciou um Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) e o saldo ainda pode cair mais até dezembro de 2017, tendo em vista que no plano consta o prazo de até 180 para o efetivo desligamento. Foram fechadas 492 agências e abertos seis novos postos de atendimento (PA).



O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 18,1%, com aumento de 1,9 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, o lucro líquido ajustado do período é composto de 70,9% de atividades financeiras e 29,1% de atividades de seguros, previdência e capitalização.



A Carteira de Crédito do banco apresentou queda de 6,7% em doze meses e atingiu R$ 486,9 bilhões. No trimestre a queda foi de 1,4%. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 0,7% em relação a setembro de 2016, chegando a R$ 172,2 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 314,7 bilhões, com queda de 10,3% em um ano. Os produtos que apresentaram maior destaque para PF foram o crédito pessoal consignado (11,6%) e o financiamento imobiliário (5,0%). Para PJ, as principais quedas ocorreram na conta garantida (-28,7%) e nas operações no exterior (-22,8%).  O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,6 p.p em doze meses, ficando em 4,8%. Já as despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) ampliaram-se em 9,7%, totalizando R$ 19,7 bilhões.



A receita com prestação de serviços mais tarifas bancárias cresceu 13,0% em doze meses, totalizando R$ 17,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 32,2%, em função, em parte da entrada dos funcionários oriundos do Banco HSBC, adquirido no segundo semestre de 2016, mas também pode ser em parte, reflexo do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), atingindo R$ 16,4 bilhões. Assim, em setembro de 2017, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 123,7%.

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