Metalúrgicos aceitam proposta das empresas e põem fim à greve
Os metalúrgicos que estavam em greve há duas semanas aceitaram, nessa quarta-feira (11), a oferta final do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES), em assembleia, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014 .
A greve dos metalúrgicos se intensificou na última semana, quando foram feios protestos nos acessos à ArcelorMittal Tubarão. A pressão dos trabalhadores fez com que as empresas decidissem ceder o abono de todas as horas paradas, o que é considerado um avanço para a categoria. Com o resultado da assembleia, a negociação salarial entre o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) e o Sindifer chega ao fim.
Para o Sindimetal, a proposta aprovada foi boa, já que os índices de reajuste foram melhores que os de outros estados. No entanto, o avanço poderia ter sido maior, o que só não aconteceu porque nem todos os metalúrgicos aderiram à greve.
O reajuste salarial dos trabalhadores ficou em 7% (5,58% de reajuste do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC ) e 1,42% de ganho real); pisos de ingresso e profissional de 8% para todas as faixas; abono de R$ 600,00 para os trabalhadores que atuam em turno de revezamento; auxílio alimentação de R$ 180 para as empresas dos complexos Vale, alimentação de R$ 180,00 para as empresas dos complexos Vale, ArcelorMittal Tubarão, ArcelorMittal Cariacica, Fibria, Petrobras, Portocel e Canexus; auxílio alimentação de R$ 100,00 para as empresas fora dos complexos a partir de 100 empregados; e auxílio alimentação de R$ 250,00 para os trabalhadores do complexo da Samarco.
O protesto mais intenso ocorreu na sexta-feira (6), quando os trabalhadores fecharam os acessos à empresa com galhos e pedra e atearam fogo, impedindo o acesso dos caminhões. O Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar foi chamado para reprimir a manifestação e dispersou os trabalhadores com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
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