Sexta, 29 Março 2024

Metalúrgicos de terceirizadas da Vale, Arcelor Mittal e Jurong entram em greve 

Metalúrgicos de terceirizadas da Vale, Arcelor Mittal e Jurong entram em greve 

Os metalúrgicos que atuam nas prestadoras de serviços das maiores indústrias do Estado, Vale, ArcelorMittal Tubarão e Estaleiro Jurong, iniciaram um movimento grevista na manhã dessa quinta-feira (22). Nas assembleias, realizadas simultaneamente nas portarias dessas empresas, os trabalhadores decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades por tempo indeterminado.


De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal-ES), mesmo dentro da legalidade e pacífico, o movimento paredista enfrentou, além da pressão das empresas, a ação da Polícia Militar, que ameaçou dar voz de prisão aos diretores do Sindicato e impedir que os ônibus das empresas parassem para que os trabalhadores participassem das assembleias. Uma ação, interpretada pelo sindicalistas, como “completamente imoral em defesa das empresas privadas e que vai contra o direito de greve de todo trabalhador brasileiro”.


“Apesar das tentativas de intimidação e de enfraquecer o movimento, os metalúrgicos permanecerão mobilizados e de braços cruzados contra a retirada de direitos e até que as reivindicações da categoria sejam atendidas pelos patrões, explicou o secretário-geral do Sindimetal-ES, Walter Bernardo Ribeiro, 




Segundo o líder sindical, a greve teve início após o Sindifer (Sindicato Patronal da categoria) ignorar o pleito dos trabalhadores e insistir na proposta de reajuste abaixo da inflação e na retirada de 19 cláusulas da Convenção Coletiva da categoria.



“O Sindicato patronal, que desde de julho vem enrolando a negociação salarial, também não garantiu a data-base dos metalúrgicos [1º de novembro], o que permite às empresas deixar de cumprir a Convenção e aplicar a legislação trabalhista". 


Além disso, segundo Ribeiro, foi oferecido 1,6% de reajuste, rejeitado pela categoria. Depois 2%, também rejeitado. Agora fizeram a proposta de 2,5%, desde que cláusulas que garantem direitos, como férias integral ou em dois períodos de 15 dias, garantia de estabilidade de 30 dias após o retorno, do plano de saúde e outras vantagens sejam retiradas da Convenção, o que não aceitamos”, explicou. 


Walter Ribeiro informou que cruzaram os braços cerca de 15 mil trabalhadores que atuam nos setores de manutenção dessas grandes empresas, como eletricistas, mecânicos, soldadores, operadores, técnicos em automação, instrumentistas e almoxarife. “Se a greve continuar, haverá prejuízos na produção. Pois se qualquer equipamento quebrar ou der defeito, não haverá reparo”, explicou. 


Na próxima segunda-feira (24), o Sindicato patronal solicitou uma reunião intermediada pelo Ministério do Trabalho para tentar um acordo com a categoria que ponha fim ao movimento. 

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