Não avança mediação entre servidores do Incaper e governo no MPT
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa, a deputada Eliana Dadalto (PTC) abordou a greve dos servidores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Ao ler um documento, a parlamentar cobrou que seja retomado o diálogo do governo com os servidores para o fortalecimento da agricultura.
Os servidores do órgão, que são os educadores dos pequenos agricultores no Estado, passam por momentos de extrema dificuldade, com falta de combustível e de equipamentos de trabalho para prestar serviços de assistência técnica e extensão rural de qualidade.
A audiência de conciliação entre a Associação dos Servidores do Incaper (Assin) e representantes do governo, no Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES), realizada na tarde desta terça-feira (14), foi infrutífera, já que o governo pediu mais prazo para analisar uma contraproposta aos servidores.
O MPT deu prazo até o dia 24 de junho para que o Incaper apresente o prazo de conclusão dos trabalhos da revisão do plano de cargos e salários dos servidores e data de implementação.
Estiveram presentes na audiência, o diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida; o procurador chefe do MPT, Estanlislau Tallon Bozi; diretor do Sindicato dos Sercidores Públicos do Estado (Sidipúblicos-ES), Amarildo Batista; diretoria da Assin e o advogado do sindicato, Célio Picorelli.
A greve dos servidores do Incaper foi deflagrada diante da extrema precariedade do setor. A pauta de reivindicações contempla também a formação de um grupo de trabalho visando a revisão imediata do Plano de Carreira dos servidores e para que no prazo de 30 dias apresente projeto orçamentário suficiente para suprir as demandas de recursos do Incaper.
O movimento paredista teve início no dia 1 de junho e atinge a maioria das fazendas experimentais da autarquia, além da sede do instituto, localizada em Vitória.
Em assembleia geral realizada nesta terça-feira, durante a reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, os servidores ratificaram o movimento grevista e reforçaram a necessidade de manter o diálogo com a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag).
Durante a assembleia geral, o diretor jurídico do Sindipúblicos, Amarildo Batista, denunciou o abandono do instituto pelo governo Paulo Hartung (PMDB) e destacou que as condições insalubres nas fazendas do Incaper serão levadas a organismos internacionais de direitos humanos.
A Assim também se posicionou contra a nomeação de Mauro Rossini Júnior, um empresário do município de Linhares (norte do Estado), para o cargo de diretor técnico da autarquia.
Rossoni foi nomeado nesta segunda-feira (13), no primeiro caso, em 50 anos de existência da autarquia, que o cargo passa a ser ocupado por um indicado político em detrimento de um técnico do instituto. De acordo com informações de servidores do Incaper, Rossoni é um indicado direto do secretário de Estado de Agricultura, Octaciano Neto e não é funcionário de carreira da autarquia.
A situação do Incaper é tão precária que prejudica o atendimento aos agricultores familiares de todo o Estado. O presidente da Assin, Edegar Formentini, em entrevista a Século Diário nesta segunda-feira, repudiou a nomeação de Mauro Rossoni Júnior para o cargo de diretor técnico da autarquia.
Segundo ele, a pesquisa, a assistência técnica e a extensão rural são atividades específicas, que foram aperfeiçoadas depois de longo debate entre técnicos, movimentos sociais e governos. Edegar salientou que será preciso, pelo menos, dois anos de trabalho para que o recém-nomeado diretor técnico entenda as particularidades do setor. Para ele, esta nomeação mostra desrespeito com a instituição por parte do governo.
Manifestações
Nas últimas semanas, os servidores do Incaper têm se manifestado em solenidades com a presença do governador Paulo Hartung (PMDB). No dia 3 de junho, os servidores realizaram um protesto durante o lançamento do Programa e Expansão do Plantio de Pinus para a Produção de Goma-Resina e Madeira no Espírito Santo (Pró-Resina), em Ibitirama (região do Caparaó).
Os servidores usaram mordaças durante o protesto, em alusão à tentativa de intimidação do presidente da autarquia, Marcelo Suzart de Almeida, que quis saber a frequência dos trabalhadores que participaram de outro protesto, no dia 30 de maio.
Intimidação
Os servidores do Incaper foram surpreendidos no dia 1 de junho por um e-mail da chefia do órgão enviado para os chefes regionais, pedindo que informem a programação de cada servidor no dia 30 de maio, dia em que foi realizado um protesto contra o governador Paulo Hartung durante a assinatura da ordem de serviço para as obras de conclusão da barragem de Pinheiros - Boa Esperança, localizada no Rio Itauninhas, no norte do Estado.
O grupo se manifestou contra Hartung pelo fato de o governador não receber as demandas da categoria, que pleiteia revisão dos planos de carreira, fim da terceirização dos serviços de assistência técnica e extensão rural e equilíbrio no orçamento da autarquia.
A tentativa de intimidação dos servidores se apoia na alegação de que é proibido ao servidor se referir de maneira depreciativa a autoridades públicas. O protesto dos servidores, no entanto, foi legítimo e cobrava o atendimento do governo às demandas da categoria.
O governador não gostou do protesto dos servidores e chegou a dizer que o “grupinho” poderia acompanhá-lo em obras pelo interior do Estado. Ele acrescentou que era graças a ele que os salários eram pagos em dia, ao contrário do que vem acontecendo em outros estados.
O pagamento em dia, no entanto, é o mínimo que o governo mantém diante de todo o quadro de sucateamento dos serviços públicos no Estado. Os servidores estão no segundo ano sem a revisão anual dos salários, que é prevista na Constituição Federal.
Cerca de 60% dos agricultores familiares do Estado precisam que a assistência técnica seja feita na própria comunidade. Os técnicos precisam ver as lavouras, organizar reuniões para a formação de cooperativas e associações e esse trabalho é severamente prejudicado pela falta de combustível nos carros.
A pauta do Incaper também está unificada com o restante do funcionalismo, que cobra, além da revisão anual dos vencimentos, a concessão de auxílio alimentação para todos os servidores.
Os servidores do órgão, que são os educadores dos pequenos agricultores no Estado, passam por momentos de extrema dificuldade, com falta de combustível e de equipamentos de trabalho para prestar serviços de assistência técnica e extensão rural de qualidade.
A audiência de conciliação entre a Associação dos Servidores do Incaper (Assin) e representantes do governo, no Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES), realizada na tarde desta terça-feira (14), foi infrutífera, já que o governo pediu mais prazo para analisar uma contraproposta aos servidores.
O MPT deu prazo até o dia 24 de junho para que o Incaper apresente o prazo de conclusão dos trabalhos da revisão do plano de cargos e salários dos servidores e data de implementação.
Estiveram presentes na audiência, o diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida; o procurador chefe do MPT, Estanlislau Tallon Bozi; diretor do Sindicato dos Sercidores Públicos do Estado (Sidipúblicos-ES), Amarildo Batista; diretoria da Assin e o advogado do sindicato, Célio Picorelli.
A greve dos servidores do Incaper foi deflagrada diante da extrema precariedade do setor. A pauta de reivindicações contempla também a formação de um grupo de trabalho visando a revisão imediata do Plano de Carreira dos servidores e para que no prazo de 30 dias apresente projeto orçamentário suficiente para suprir as demandas de recursos do Incaper.
O movimento paredista teve início no dia 1 de junho e atinge a maioria das fazendas experimentais da autarquia, além da sede do instituto, localizada em Vitória.
Em assembleia geral realizada nesta terça-feira, durante a reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, os servidores ratificaram o movimento grevista e reforçaram a necessidade de manter o diálogo com a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag).
Durante a assembleia geral, o diretor jurídico do Sindipúblicos, Amarildo Batista, denunciou o abandono do instituto pelo governo Paulo Hartung (PMDB) e destacou que as condições insalubres nas fazendas do Incaper serão levadas a organismos internacionais de direitos humanos.
A Assim também se posicionou contra a nomeação de Mauro Rossini Júnior, um empresário do município de Linhares (norte do Estado), para o cargo de diretor técnico da autarquia.
Rossoni foi nomeado nesta segunda-feira (13), no primeiro caso, em 50 anos de existência da autarquia, que o cargo passa a ser ocupado por um indicado político em detrimento de um técnico do instituto. De acordo com informações de servidores do Incaper, Rossoni é um indicado direto do secretário de Estado de Agricultura, Octaciano Neto e não é funcionário de carreira da autarquia.
A situação do Incaper é tão precária que prejudica o atendimento aos agricultores familiares de todo o Estado. O presidente da Assin, Edegar Formentini, em entrevista a Século Diário nesta segunda-feira, repudiou a nomeação de Mauro Rossoni Júnior para o cargo de diretor técnico da autarquia.
Segundo ele, a pesquisa, a assistência técnica e a extensão rural são atividades específicas, que foram aperfeiçoadas depois de longo debate entre técnicos, movimentos sociais e governos. Edegar salientou que será preciso, pelo menos, dois anos de trabalho para que o recém-nomeado diretor técnico entenda as particularidades do setor. Para ele, esta nomeação mostra desrespeito com a instituição por parte do governo.
Manifestações
Nas últimas semanas, os servidores do Incaper têm se manifestado em solenidades com a presença do governador Paulo Hartung (PMDB). No dia 3 de junho, os servidores realizaram um protesto durante o lançamento do Programa e Expansão do Plantio de Pinus para a Produção de Goma-Resina e Madeira no Espírito Santo (Pró-Resina), em Ibitirama (região do Caparaó).
Os servidores usaram mordaças durante o protesto, em alusão à tentativa de intimidação do presidente da autarquia, Marcelo Suzart de Almeida, que quis saber a frequência dos trabalhadores que participaram de outro protesto, no dia 30 de maio.
Intimidação
Os servidores do Incaper foram surpreendidos no dia 1 de junho por um e-mail da chefia do órgão enviado para os chefes regionais, pedindo que informem a programação de cada servidor no dia 30 de maio, dia em que foi realizado um protesto contra o governador Paulo Hartung durante a assinatura da ordem de serviço para as obras de conclusão da barragem de Pinheiros - Boa Esperança, localizada no Rio Itauninhas, no norte do Estado.
O grupo se manifestou contra Hartung pelo fato de o governador não receber as demandas da categoria, que pleiteia revisão dos planos de carreira, fim da terceirização dos serviços de assistência técnica e extensão rural e equilíbrio no orçamento da autarquia.
A tentativa de intimidação dos servidores se apoia na alegação de que é proibido ao servidor se referir de maneira depreciativa a autoridades públicas. O protesto dos servidores, no entanto, foi legítimo e cobrava o atendimento do governo às demandas da categoria.
O governador não gostou do protesto dos servidores e chegou a dizer que o “grupinho” poderia acompanhá-lo em obras pelo interior do Estado. Ele acrescentou que era graças a ele que os salários eram pagos em dia, ao contrário do que vem acontecendo em outros estados.
O pagamento em dia, no entanto, é o mínimo que o governo mantém diante de todo o quadro de sucateamento dos serviços públicos no Estado. Os servidores estão no segundo ano sem a revisão anual dos salários, que é prevista na Constituição Federal.
Cerca de 60% dos agricultores familiares do Estado precisam que a assistência técnica seja feita na própria comunidade. Os técnicos precisam ver as lavouras, organizar reuniões para a formação de cooperativas e associações e esse trabalho é severamente prejudicado pela falta de combustível nos carros.
A pauta do Incaper também está unificada com o restante do funcionalismo, que cobra, além da revisão anual dos vencimentos, a concessão de auxílio alimentação para todos os servidores.
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