Novas vistorias constatam situação precária em escritórios de autarquias

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) vem realizando uma série de inspeções a escritórios regionais de autarquias do governo que comprovam que não se investe em condições de trabalho para os servidores públicos estaduais. Os escritórios do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) de Laranja da Terra, na região serrana, Ecoporanga e Barra de São Francisco, no noroeste; do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) de Ecoporanga; e a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Barra de São Francisco foram recentemente inspecionados por um técnico em Segurança do Trabalho que apontou as irregularidades.



Todos os escritórios do Incaper apresentam mofo e rachaduras, além de exposição de fios elétricos nas salas. No escritório de Ecoporanga, o piso está quebrado e há infiltrações e desprendimento de tinta no teto. As instalações elétricas e fios estão expostos e a mobília nos escritórios está quebrada.



Nos três escritórios faltam extintores, mangueiras de incêndio nem saídas de emergência, o que, com a instalação elétrica precária e fios expostos, coloca os servidores em risco ainda maior diante da impossibilidade de debelar pequenos incêndios.



No Incaper de Ecoporanga as portas dos banheiros dos servidores estão sem condições de uso, assim como no escritório de Laranja da Terra.



No escritório do Idaf, o relatório aponta que toda a edificação precisa de reformas, em virtude das rachaduras, o que coloca servidores em risco de acidente.



Assim como nos escritórios do Incaper, há exposição de fios elétricos nas salas dos servidores e nos banheiros, que necessitam de reparos. Também falta sinalização de emergência, extintores e mangueiras de incêndio e a edificação não tem rota de fuga, contando somente com uma porta de entrada.



Na Ciretran de Barra de São Francisco os servidores não têm máscaras, botas, óculos de proteção nem luvas, que deveriam ser fornecidas pelo empregador, neste caso, pelo Estado. O trabalho na Ciretran demanda que os servidores manuseiem produtos químicos, mas os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para isso não vêm sendo fornecidos.



A Ciretran também tem lâmpadas queimadas e luminárias que não oferecem boa iluminação, além de fios expostos em todos os setores.



Os servidores da Ciretran têm de vistoriar os veículos em uma avenida movimentada do município de Barra de São Francisco (foto à esq.), expostos a acidentes. Além disso, a área de vistoria dos veículos tem uma poça de esgoto comercial, que fica permanentemente onde circulam usuários e servidores.



O relatório aponta que os servidores não podem continuar sem o uso de EPIs ao manusear produtos químicos nas vistorias e que o órgão deve providenciar outro lugar para que as pessoas da limpeza trabalhem. Recomenda, também, reparos nas instalações elétricas, já que todas as salas têm fios expostos, e melhor acessibilidade para idosos e deficientes físicos.