Sábado, 18 Mai 2024

Petroleiros protestam contra a falta de segurança em navios e plataformas

Petroleiros protestam contra a falta de segurança em navios e plataformas
Os trabalhadores petroleiros realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (13), na plataforma de embarque da Petrobras, no Aeroporto de Vitória, por melhores condições de trabalho nos navios e plataformas. O movimento é nacional e cobra mais segurança para o trabalho de alta periculosidade que realizam. 
 
Depois da assembleia, os petroleiros que embarcariam para a plataforma P-58, localizada na bacia de Baleia, no sul do Estado adiaram o embarque para sábado (14) em protesto. Com isso, os petroleiros que já estão na plataforma fazem o descanso de 11 horas e retomam o trabalho como hora-extra, até a chegada dos outros trabalhadores que embarcam neste sábado. 
 
Aproximadamente 20 trabalhadores embarcariam em dois helicópteros do aeroporto de Vitória. No norte do Estado, na Base 61 da Petrobras, localizada em São Mateus, cerca de 700 trabalhadores do setor administrativo adiaram a entrada em serviço em uma hora na manhã desta sexta-feira em protesto. 
 
A explosão ocorrida no navio-plataforma Cidade de São Mateus, na quarta-feira (11) foi o estopim para que o movimento fosse deflagrado. Até o momento foram confirmadas cinco mortes no desastre, quatro desaparecidos e sete petroleiros continuam internados.  
 
No dia do acidente o Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro-ES) atribuiu o desastre à falta de manutenção e à precarização que a terceirização provoca. O sindicato alertou que a situação é semelhante no resto do país, já que dos 400 mil empregados da estatal, apenas 85 mil são concursados.
 
O Sindipetro advertiu ainda que acidentes como o ocorrido com o navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus não são exceção. Em 2014, segundo o sindicato, foram mais de 20 acidentes com mortes.
 
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também aponta descaso dos órgãos fiscalizadores com as plataformas marítimas de petróleo. A entidade ressalta que não há periodicidade nas inspeções nas unidades, sejam elas da Petrobras ou afretadas. 
 
A FUP também salienta que a cultura de sucateamento, denunciada há anos pela federação, é uma situação permanente com a qual os trabalhadores, principalmente os terceirizados, já se acostumaram. A entidade denuncia, também que a prevenção de acidentes não existe nas plataformas, por conta da falta de efetivos nos órgãos fiscalizadores impossibilitando o trabalho da Marinha, que deveria garantir a navegabilidade e salvatagem, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que deveria ser responsável pela inspeção dos sistemas operacionais e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que deveria fazer valer as Normas Reguladoras (NRs).   

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Domingo, 19 Mai 2024

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