Polícia Civil tem o menor orçamento de custeio desde 2009

O corte de gastos do atual governo afeta também a Polícia Civil no Estado. O orçamento para 2015 da instituição foi reduzido de quase R$ 28 milhões – conforme previsto em projeto de lei – para pouco mais de R$ 23 milhões. O valor previsto para 2015 é o mais baixo desde 2009 e mais de R$ 5 milhões menor que o de 2014. 

 

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipo-ES) denuncia que com o valor de custeio previsto para 2015 será difícil manter os serviços básicos da Polícia Civil. A entidade aponta que foram feitos investimentos no aparelhamento e estrutura depois de 2009, assim como houve crescimento populacional no período. Por isso, a redução na verba de custeio pode afetar seriamente a prestação de serviços à população. 

 

Com a redução da verba de custeio, fica prejudicada a manutenção dos contratos de internet, vigilância, limpeza, manutenção de viaturas, obras em unidades policiais, consultas ao sistema e atendimento à população. O Sindipol ressalta que para a manutenção dos contratos básicos da Polícia Civil em 2015, seriam necessários mais de R$ 30 milhões, valor que é compatível com o orçamento dos últimos dois anos. 

 

A entidade que representa os policiais ressalta que a consequência dessa política de cortes e redução atinge o consumo de energia elétrica, água, telefonia, internet, materiais diversos, combustível, viaturas, obras, investimentos e contratos necessários ao funcionamento da Polícia Civil.

 

O Sindipol também lembra que o Demonstrativo do Resultado Primário publicado na última semana no Diário Oficial do Estado aponta que no primeiro bimestre de 2015 ocorreu um superávit primário (dinheiro que o governo consegue economizar, ou seja, aquilo que ele gasta a menos do que arrecada) de R$ 630,48 milhões. Para a entidade, é inaceitável o corte nos gastos na Segurança Pública diante do quadro de superávit.