Sexta, 29 Março 2024

Policiais civis decidem deflagrar greve a partir da próxima segunda-feira

Depois de assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (11), os policiais civis votaram por deflagrar greve geral a partir da próxima segunda-feira (18). Na assembleia foi apresentado o resultado da reunião infrutífera realizada entre o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) e representantes de entidades classistas; o secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Pablo Rodnitzky; o subsecretário Charles Dias de Almeida; e assessores técnicos da secretaria, Darcione Carvalho e Ruth Bezerra na última quinta-feira (7). 
 
Ainda nesta semana, o Sindipol vai oficiar o governo do Estado, a Assembleia Legislativa e o delegado-chefe de Polícia Civil, Joel Lyrio, além de publicar o aviso de greve nos jornais impressos. 



Após a assembleia, os policiais civis saíram em passeata pela Avenida Reta da Penha, em Vitória, deixando o trânsito lento na região.
 
Segundo o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, os policiais pleiteiam o cumprimento da legislação, e não reajuste salarial. “A greve é o resultado do descaso do governo com os direitos trabalhistas dos policiais civis. O Estado só compra viatura e reforma unidades, mas não valoriza os profissionais”, afirma ele. 
 
As reivindicações dos policiais têm sido largamente discutidas com a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), mas não há avanços. A categoria pleiteia a incorporação da escala especial; adequação da tabela de referências do subsídio; reestruturação e autonomia da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC); e unificação dos cargos de agente de Polícia Civil e investigador de Polícia. De acordo com Jorge Emílio, dois servidores em cargos diferentes exercem a mesma função e têm remunerações diferentes. 
 
Reunião
 
Segundo o Sindipol, Pablo Rodnitzky demonstrou total desconhecimento sobre as reivindicações dos policiais, afirmou que não tem autorização para tratar da incorporação das escalas especiais, justificando que o gasto com a folha de pessoal está próximo ao limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
No entanto, alegou que poderá estabelecer um diálogo com as entidades no que tange a diminuição da tabela de referência, de 17 para 15, a unificação dos cargos de agente de Polícia Civil e investigador e a autonomia da SPTC. Também afirmou que apresentará os estudos sobre os pontos referidos até o final do mês de novembro, antes de serem encaminhados à Procuradoria Geral do Estado (PGE). Contudo, frisou que a ideia é trabalhar a modernização com o mínimo de gasto possível.

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