Portuários da Codesa votam pela suspensão da greve, mas os do TVV seguem com paralisação
A greve dos trabalhadores portuários da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que seria deflagrada nesta sexta-feira (1), foi suspensa na noite desta quinta-feira (31), mas a paralisação dos trabalhadores do Terminal de Vila Velha (TVV), administrado pela Log-In Vale, foi mantida e eles cruzaram os braços.
De acordo com o presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária do Estado (Suport-ES), Ernani Pereira Pinto, nesta quinta-feira ele participou de uma reunião com o ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira, e conseguiu avanços para a pauta de reivindicações dos trabalhadores da Codesa. Ainda assim, o estado de greve foi mantido e eles podem paralisar as atividades caso os acordos não sejam cumpridos.
Já a greve do TVV, que atinge 450 trabalhadores, foi mantida sem data para terminar. Na segunda-feira (4), o Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES) solicitou uma mediação entre o Suport e a empresa, que vai ser realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em Vitória.
Na noite de segunda-feira, os trabalhadores se reúnem em assembleia para deliberar a manutenção da greve.
O Suport-ES reivindica reajuste de 6,77% sobre todas as cláusulas econômicas que tenham remuneração como parâmetro, mas a empresa só oferece esse percentual sobre salários. Além disso, propõe cartão alimentação de R$ 400, a empresa quer manter os atuais R$ 300.
A resposta da Log-In ao Suport-ES, por meio de ofício, é que a empresa não poderia conceder mais do que o reajuste salarial de 6,77%. Não houve propostas de aumento no vale-alimentação e nem de reajuste de 6,77% das demais cláusulas econômicas.
A Log-In argumenta, ainda, que não pode conceder aumento maior em razão das novas regras do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). Mas, o presidente do Suport-ES, Ernani Pereira Pinto, lembra que apesar de ter diminuído a movimentação de contêineres, a empresa agregou a movimentação de outras cargas, o que está até demandando mais dos trabalhadores.
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