Professores da rede estadual decidem rumos da greve nesta quarta
Os professores da rede estadual, em greve desde 14 de abril, realizaram uma vigília na manhã desta segunda-feira (19) em frente à Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Praia do Suá, em Vitória, cobrando avanço nas negociações entre o governo e categoria.
Desde a tarde dessa segunda-feira (19), um grupo de cerca de 30 professores ocupou o prédio da Sedu. O grupo decidiu pernoitar no local. O comando de greve tinha esperança que hoje (20) pela manhã o governo retomaria as negociações com a categoria. Diante do silêncio a da pressão da Polícia Militar, que exigia a desocupação do prédio, os professores deixaram a Sedu ainda no final da manhã e engrossaram o protesto que acontecia desde as primeiras na Avenida César Hilal, na Praia do Suá, em Vitória.
Na tarde desta terça-feira (20), estava programado um ato público em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), cobrando uma resposta sobre o questionamento feito pelo governo a respeito da possibilidade da concessão de recomposição salarial à categoria. O ato acabou não acontecendo.
O governo alega estar à espera do posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a possibilidade de conceder a recomposição das perdas salariais. No entanto, a lei eleitoral diz, apenas, que não se pode conceder reajuste acima do limite da inflação seis meses antes das eleições. O índice pleiteado pelos professores está abaixo do limite.
Para esta quarta-feira (21) está marcada a assembleia geral dos professores da rede estadual, em que deve ser votada a continuidade ou não da greve. Na sexta-feira (16), o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sindiupes), Rodrigo Agapito, disse que o sindicato vai tentar obter, pelo menos, um avanço concreto para os professores. Ele afirmou, ainda, que resposta concreta é dizer se vai atender a alguma reivindicação, e não formar grupo de trabalho, para analisar a possibilidade de concessão de qualquer benefício.
O diretor também lembrou que a execução da multa de R$ 630 mil é mais uma tentativa de pressionar a categoria para voltar à sala de aula. “O que se coloca é que se não voltarem, a multa vai ser executada”, completou ele.
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