Terça, 18 Junho 2024

Professores do magistério da Serra mantêm greve apesar de decisão judicial

Apesar de o Tribunal de Justiça do Estado (TJES) ter considerado a greve dos professores da Serra ilegal, a categoria vai manter o movimento até, pelo menos, a próxima terça-feira (23), quando vai ser realizada uma assembleia do magistério para balanço da paralisação. O sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) vai recorrer da decisão para garantir a continuidade do movimento.



A alegação para que o movimento fosse considerado ilegal é que o prefeito do município, Audifax Barcelos (PSB), estaria disposto a negociar. A categoria aguarda a chamada para a mesa de negociações e espera que a proposta apresentada contemple as perdas inflacionárias dos professores.



A greve foi aprovada pelos professores por conta do não cumprimento da Lei do Piso Nacional. As perdas salariais da categoria com base na inflação, somente no mandato do atual prefeito Audifax Barcelos, já chegam a 31,47%, enquanto a perda histórica é de 39%.



Depois de várias rodadas de negociações na prefeitura e reuniões com os vereadores, a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito não foi considerada satisfatória pela categoria. A prefeitura propôs o pagamento parcelado de parte das perdas, sendo 2% em junho deste ano, 3% em novembro, e 4% em abril de 2016, totalizando reajuste de 9%. Os professores pleiteiam o pagamento do reajuste de 11,18% imediatamente.



Para o Sindiupes, o índice de 9% de reajuste não repõe as perdas salariais nem recupera o poder de compra dos salários dos professores. Em 2013 não houve reajuste para o magistério do município e em 2014 a categoria teve 6%, referente ao reajuste da inflação.



Assédio



O Sindiupes relata que os professores que aderiram à greve estão sofrendo assédio nas escolas da rede municipal. Segundo a entidade, os diretores pressionam os professores para abandonarem a greve. Além disso, de acordo com o Sindiupes, a subsecretária de Educação do município estaria ligando para as escolas e exigindo o nome de quem aderiu à paralisação.

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