Terça, 23 Abril 2024

Reajuste de 4,5% aprovado pela Asssembleia não agrada servidores

Em sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira (26), os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei (PL) 65/2014, que concede reajuste linear de 4,5% para todos os servidores do Executivo estadual da ativa, aposentados e pensionistas. O reajuste começa a valer em 1° de abril deste ano. 
 
Segundo o texto da mensagem, a lei orçamentária 10.164/2014 previu dotação para aplicação em reajuste e reestruturação de planos de cargos e carreiras dos servidores. O investimento resultará em um acréscimo anual em gastos com pessoal do poder executivo de R$ 199 milhões, atingindo 94.506 servidores. A medida abrange as tabelas de vencimentos, soldos e subsídios dos servidores da administração direta, das autarquias e das fundações do poder executivo.
 
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos), Gérson Correia de Jesus, no entanto, afirma que o índice está abaixo da inflação do período. Para que fosse reposta a inflação de um ano, o índice deveria começar em 4,9%. O sindicalista também ressalta que as perdas dos servidores durante o governo de Renato Casagrande estão em 11%, descontado o índice de 4,5% . 
 
Ele também lamenta que o índice de reajuste concedido não contemple o auxílio alimentação, auxílio creche e outros benefícios dos servidores. “A pauta dos servidores não é só a recomposição da inflação, mas também aumento nos benefícios, além da extensão do auxílio por insalubridade para outros setores além da Saúde”, conta Gérson.
 
O sindicalista explica que o adicional por insalubridade foi concedido, depois de muita insistência dos servidores, para os trabalhadores da Saúde, mas servidores de autarquias como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) não recebem, mesmo estando em contato constante com agrotóxicos e doenças. 
 
O presidente do Sindipúblicos salienta, ainda, que neste momento os servidores não querem discutir a revisão do plano de carreira, mas sim uma pauta política, que passa pelo reajuste de acordo com as perdas e definição de uma data-base para este reajuste. “Os servidores só querem tratamento igual aos dos outros poderes. Para definir uma data-base é só o governo sentar à mesa com os trabalhadores para definir um mês para conceder o reajuste anualmente”, ressalta Gérson, que acrescenta que os servidores também cobram respeito da administração e respostas concretas às demandas, o que não vem acontecendo atualmente, já que, segundo eles, os interlocutores do governo que negociam com os sindicatos não têm poder de decisão. 

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