Rodoviários finalmente cumprem decisão judicial e ônibus voltam a circular na Grande Vitória
No segundo dia da greve dos trabalhadores rodoviários, nesta terça-feira (10), foi cumprida a decisão judicial que determina que 70% da frota de ônibus circule nos horários de pico e 40% fora destes horários. Diferentemente do que aconteceu nessa segunda-feira (9), os moradores da Grande Vitória conseguiram se locomover entre os municípios.
Embora o número de ônibus estivesse menor nesta terça, os coletivos que circulavam não estavam lotados, assim como os pontos de ônibus. Dentro dos bairros, no entanto, houve mais dificuldades para que o usuário conseguisse embarcar, já que foram priorizadas as linhas troncais (que circulam entre terminais) em detrimento das alimentadoras (que circulam dentro dos bairros).
Para que fosse cumprida a determinação judicial, houve uma audiência de conciliação na tarde dessa segunda-feira no Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES), mediada pelo presidente da corte, o desembargador Marcello Mancilha. Na ocasião, o magistrado ressaltou que o Tribunal não vai admitir o descumprimento da decisão liminar que determina o quantitativo mínimo de ônibus circulando.
O Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES) requereu encaminhamento de notícia-crime à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) para que adotem as medidas de apuração de eventual prática do crime de paralisação dolosa de trabalho de interesse coletivo. Desde a última quinta-feira (5), um oficial de Justiça tentava notificar a diretoria do Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) sobre a decisão judicial, mas não encontrou nenhum diretor até domingo (8).
A questão que levou à greve dos rodoviários foi o impasse em torno do plano de saúde da categoria. Os trabalhadores pleiteiam o direito de ter mais uma opção de plano de saúde, já que alegam que os rodoviários têm dificuldade em arcar com o atual plano, da operadora Unimed.
Já o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) lembra que foram realizadas 14 reuniões para que fosse definida a operadora do plano de saúde, que foi aceita pelos trabalhadores. O sindicato patronal também ressalta que a mudança do plano de saúde só pode ser definida na data-base da categoria, que é em novembro.
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