Servidores cobram investimentos em pessoal e na estrutura do IPAJM
Mesmo funcionando em condições precárias, o Instituto de Previdência e Assistência Jerônimo Monteiro (IPAJM) apresentou superávit por três anos seguidos, devolvendo dinheiro em vez de investir em melhoria das condições de trabalho, maquinário e recursos humanos.
Entre os anos de 2011 e 2013, foram mais de R$ 39 milhões em superávit por falta de investimento no funcionamento e prestação de serviço. Em 2011, o superávit foi de R$ 18 milhões, em 2012 de R$ 9 milhões, e em 2013 ficou em pouco mais de R$ 11 milhões.
Enquanto isso, o edifício em que funciona o instituto de previdência dos servidores do Estado permanece sucateado, oferecendo risco a servidores e segurados. Além disso, a concessão de benefícios e o andamento de processos ficam prejudicados por conta da falta de pessoal e do maquinário deficiente.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) cobra que o superávit do IPAJM seja investido na melhoria dos serviços para a sociedade. A entidade vem denunciando o abandono do prédio do IPAJM desde 2007, cobrando providências do governo do Estado. Em fevereiro de 2013, depois de uma limpeza da caixa d’água, houve um grande vazamento que provocou o desabamento do teto e inundou uma das salas do prédio jurídico da autarquia, destruindo móveis, processos e até o piso. Por sorte, não havia servidores no local.
Dias antes, parte da marquise do prédio do IPAJM caiu causando um rasgo na cobertura feita de zinco, anexa à sala da presidência. Os pedaços pesam cerca de três quilos e caíram de uma altura de mais de 10 metros.
Em junho deste ano, uma funcionária terceirizada caiu em uma caixa de gordura coberta apenas com um pedaço de madeira.
A nova sede da autarquia já foi alugada pelo governo, ao custo de R$ 140 mil, sendo que ainda não foi ocupada pelos servidores, já que precisa de obras de adequação da rede elétrica e hidráulica. A atual sede, que deve ser desativada com a mudança, não tem alvará de funcionamento da Prefeitura de Vitória, por conta das condições precárias.
O imóvel alugado está atualmente desocupado, mas o IPAJM já desembolsou até o momento, segundo consta no Portal da Transparência, R$ 723 mil em um prédio que continua sem receber servidores.
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