Durante o ato, que será nacional, os trabalhadores técnico-administrativos da Ufes, liderados pelo Sintufes, apoiarão as pautas nacionais do movimento e, além disso, denunciarão o desrespeito da Ufes à greve dos servidores que foi considerada legal no dia 12 de junho pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Judiciário determinou, ainda, que o governo abra negociação efetiva com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Em todo o Brasil 64 universidades federais aderiram ao movimento e na Ufes a Administração Central está retalhando os grevistas com registro de faltas e outras ameaças ao direito de greve. O movimento tem como objetivo alcançar um reajuste salarial de 27,3% no piso da tabela, repondo as perdas acumuladas e aprimorando a carreira.
Além disso, os servidores pedem que a entrega da gestão do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), o Hospital das Clínicas, à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) seja revogada, uma vez que sua atuação não resultou em avanços significativos no atendimento à população, argumento que foi utilizado para justificar a mudança na administração. Agora, gerido como negócio, o hospital iniciará um movimento de venda de serviços aos planos de saúde, trazendo risco de prejuízo ao atendimento realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na pauta unificada nacional o objetivo é defender um programa de reformas populares para o país com ajuste que contemple a taxação das grandes fortunas, redução da jornada sem redução de salários e garantia dos direitos sociais. O movimento é conjunto entre Sintufes, Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários); Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe); Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado (Sindprev); Fórum Capixaba em Defesa da Saúde Pública e Frente Capixaba de Lutas.