Domingo, 05 Mai 2024

Servidores públicos podem paralisar atividades por causa de auxílio-alimentação

O funcionalismo público estadual pode paralisar as suas atividades após o governo não sinalizar o início do pagamento do auxílio-alimentação. A categoria vai se reunir em assembleia geral na manhã desta quarta-feira (12), em frente ao Edifício Fábio Ruschi, no Centro de Vitória. De acordo com o sindicato dos servidores, o encontro vai definir o futuro do movimento que cobra o atendimento à decisão da Procuradoria Geral do Estado (PGE) pela extensão do benefício a todo funcionalismo.



O diretor de Comunicação do Sindipúblicos, Rodrigo da Rocha Rodrigues, afirmou que a assembleia vai definir os rumos do movimento. Ele não descartou a possibilidade da realização de novas manifestações ou até mesmo uma nova paralisação das atividades por 24 horas. O sindicalista criticou a postura do governo que teria prometido o início do pagamento no mês de dezembro, mas que até o momento não formalizou as suas intenções. “É muito amadorismo e falta de respeito com o funcionalismo”, declarou.



No final de setembro, os representantes dos sindicatos da categoria se reuniram com o secretário de Gestão e Recursos Humanos, Pablo Rodnitzky, que teria se comprometido a enviar um ofício se pronunciando sobre o assunto. No entanto, a direção do Sindipúblicos não recebeu qualquer comunicação oficial. Pelo contrário, Rodrigo Rodrigues afirmou que a assessoria do governo informou a remessa do processo para análise da Secretaria da Fazenda (Sefaz) – que teria ocorrido apenas na última semana.



A proximidade do fim da atual gestão é vista com preocupação pelo sindicato que luta pela extensão do benefício desde o final de agosto após o parecer do Conselho da PGE. “Apesar de todas as descrenças com este governo que finda, reforçamos a importância da união da categoria para garantir que o pagamento seja efetuado imediatamente”, conclama a diretoria do sindicato.



Desde a última quarta-feira (5), o sindicato realiza uma vigília em frente à sede da Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger). No ato público, os sindicalistas afixaram embalagens metálicas descartáveis (popularmente conhecidas como marmitex) em toda fachada do prédio. Além das faixas com críticas ao governo, os representantes do Sindipúblicos fazem uma espécie de piquete em frente ao local.



Mesmo sem a confirmação oficial, o sindicato prevê que o auxílio-alimentação deverá ser pago apenas aos servidores ativos, não contemplando os aposentados. Os funcionários em designação temporária (DTs), que hoje não recebem, terão direito ao auxílio. O valor será o mesmo: R$ 176 para quem trabalha oito horas e R$ 132 para quem atua seis horas. O governo estadual não deverá realizar o pagamento retroativo de cinco anos, que está sendo requisitado por meio de ação judicial movida pelo sindicato. Outra reivindicação do sindicato é o reajuste do benefício que está congelado há 17 anos.



A reportagem de Século Diário entrou em contato com a assessoria de comunicação da Seger, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta à demanda sobre o posicionamento oficial do governo.

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