O fórum congrega 17 sindicatos e associações representativas de servidores que pleiteiam a revisão salarial anual, a fixação de uma data-base para o funcionalismo e o pagamento de auxílio-alimentação.
Os servidores tentam negociar com o governador Paulo Hartung (PMDB) desde o fim de 2014, quando ele ainda não havia assumido o posto. O governo, no entanto, vem negando sistematicamente as demandas das categorias sob o argumento de uma suposta crise.
Na ultima sexta-feira (10), as entidades tiveram mais uma reunião com interlocutores do governo, assim como nas outras reuniões, o governo negou todas as demandas dos servidores, sob a alegação de falta de recursos.
Para o Fespes, o discurso do caos que o governo Paulo Hartung (PMDB) tem feito desde que assumiu a gestão, em janeiro deste ano, não justifica a falta de recomposição salarial e as ameaças de demissões dos servidores públicos. Os servidores públicos do Estado entendem que a recomposição é de suma importância e que a não concessão do reajuste pode gerar grave crise institucional.
O Fespes também questiona os argumentos de crise que o governo tenta incutir na opinião pública. Para a entidade, enquanto o governo nega aos servidores uma garantia constitucional, que é a revisão anual, continua garantindo verba a grupos políticos e econômicos escolhidos à dedo. Em contrapartida, o governo continua cortando verbas para áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. Os servidores entendem que é preciso o governo mudar sua política econômica e fiscal, garantindo igualdade no tratamento a todos.
Sindiupes
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) não está mais listado entre as entidades que compõem o Fespes. O sindicato não mandou representante para a última assembleia geral unificada, realizada em 8 de julho; não mobilizou os professores da rede estadual; e não tem participado das reuniões de mobilização.
Na assembleia do dia 8, uma professora da rede estadual falou aos presentes, dizendo que não entender porque o Sindiupes não havia enviado representantes. Ela disse que o governador Paulo Hartung não vai ter paz neste mandato, já que os servidores se uniram para reivindicar os direitos. Ela completou dizendo que a paz deve existir entre os servidores e a “guerra” deve ser declarada aos senhores, ou seja, àqueles que dominam os poderes.
Compõem o Fespes o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos); Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES); Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde); Sindicato dos Bancários (Sindibancários-ES); Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário); Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepes); Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes); Sindicato dos Psicólogos (Sindpsi); Sindicato dos Farmacêuticos (Sinfes); Sindicato dos Enfermeiros (Sindienfermeiros); Sindicato do Pessoal do Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização – TAF (Sindifiscal); Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados e Trabalhadores em Informática (Sindpd); Associação de Cabos e Soldado da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACS-PMBM); Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiro Militar (Asses); Associação dos Servidores do Ministério Público do Estado (Assempes); Associação dos Auditores do Controle Externo do Estado (Ascontrol); e Associação dos Oficiais do Estado (Assomes).