Sindicato dos motociclistas pede aplicação imediata do reajuste de periculosidade
Nesta sexta-feira (20), foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 12.997/2014, que estabelece adicional de 30% de periculosidade aos motoboys. No entanto, o lobby dos empresários do setor pode resultar na demissão de inúmeros profissionais.
Quem explica é o presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Estado (Sindimotos-ES), Alexandro Martins Costa. Ele conta que os empresários pressionam, em Brasília, que a lei só entre em vigor em 90 dias e, a partir daí, seja aplicado um reajuste fracionado, iniciando em 5% no primeiro mês, com acréscimo de 5% nos meses subsequentes até que seja atingido o percentual de 30%.
Os empresários argumentam que, caso o reajuste de 30% seja aplicado imediatamente, possa haver demissão em massa. "É uma chantagem o que os empresários fazem”, diz Costa, referindo-se à tentativa de postergar a aplicação do reajuste.
Alexandro Costa questiona esta possibilidade, lembrando que a categoria já é fragilizada pelos baixos salários e pelos altos índices de acidentes. Por isso, ele salienta, é fundamental que o reajuste seja aplicado imediatamente e que não haja demissões.
Ele explica que o salário máximo de um motoboy, antes da sanção da lei, era de R$ 816 mais o aluguel da moto. Com a lei, passou para R$ 1.040, além do aluguel. Este valor é pago a profissionais expostos a riscos diariamente. Alexandro conta que em São Paulo dois motoboys morrem diariamente no exercício da profissão. “A aplicação do reajuste é uma briga de sindicatos de motociclistas de todo o País”, ressalta ele.
Além do baixo salário, o sindicalista conta que é prática comum que sejam contratados motoboys que já tenham motos, já que, desta maneira, a empresa se isenta de gastos com manutenção, emplacamento e documentação dos veículos.
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