Sábado, 18 Mai 2024

Sindicato dos Radialistas denuncia demissão em massa em empresa de comunicação

O Sindicato dos Radialistas do Estado (Sintertes) denunciou ao Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES) o que classifica como demissão em massa, ocorrida na Televisão Vitória S.A, a TV Vitória, afiliada da Rede Record no Estado. De acordo com a nota pública divulgada pela entidade, nos últimos 45 dias foram demitidos mais de 50 funcionários da empresa, sob o pretexto de readequação funcional, entre radialistas, jornalistas e trabalhadores do setor administrativo.
 
De acordo com a diretora do departamento Jurídico do Sintertes, Maria Rogéria Campos, a empresa já havia acabado com a função de auxiliar de externa, o que levou os operadores de câmera a exercerem também a função de auxiliar e de motoristas. 
 
O acúmulo de funções também atinge os operadores de Controle Mestre, que exercem, ainda, as funções de coordenadores de programação e de operadores de videotape.
 
O sindicato destaca que as demissões estão sendo feitas sem qualquer discussão com as entidades de classe, para que sejam apresentadas alternativas que não resultem na demissão em massa dos trabalhadores. 
 
Para o Sintertes, não há explicações para as demissões realizadas de uma única vez, já que a readequação funcional implica em reaproveitamento de pessoal, e não em demissão em massa. 
 
As demissões nas empresas de comunicação tiveram início no fim de 2014, se intensificando nos primeiros meses de 2015. Na TV Capixaba,  afiliada da Band no Estado, foram demitidos 15 funcionários, sendo cinco jornalistas neste período. 
 
Entre novembro de 2014 e janeiro de 2015 ocorreram, pelo menos, 40 demissões de radialistas somente entre Rede Gazeta, Rede Vitória e Record News
 
A onda de demissões nas empresas de comunicação está ocorrendo nacionalmente. Em janeiro deste ano, a diretora do Sindicato dos Jornalistas do Estado (Sindijornalistas-ES), Suzana Tatagiba, lembrou que os empresários usam o artifício da crise para amedrontar  os profissionais. Na ocasião, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se manifestou sobre as demissões, repudiando as dispensas. 
 
Em nota, o presidente da Fenaj, Celso Schröder, disse que as demissões não são casos isolados, e sim são prática comum e organizada da área empresarial da comunicação.
 
Até janeiro, em âmbito nacional, haviam sido demitidos 160 funcionários do jornal O Globo, sendo 30 jornalistas; em Minas Gerais, foram demitidos 11 funcionários da redação e do setor administrativo do jornal O Estado de Minas; no interior de São Paulo, até o mês de janeiro, foram desligados mais de 30 profissionais dos jornais das cidades de Catanduva, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Votuporanga. Só a sucursal da Folha de São Paulo de Ribeirão Preto dispensou oito jornalistas.

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