Sábado, 18 Mai 2024

Sindilimpe pede bloqueio de R$ 2 milhões da Prefeitura de Vila Velha

O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do Espírito Santo (Sindilimpe-ES) ingressou com ação coletiva trabalhista contra as empresas Corpus e Vital, além da Prefeitura de Vila Velha, pedindo indenização por danos morais coletivos por conta das demissões em massa praticadas pelas empresas que prestam serviço ao município. 
 
Os trabalhadores pedem o bloqueio de R$ 2 milhões da prefeitura referentes ao pagamento da fatura das empresas. Além da indenização, a categoria também reivindica a reintegração de 156 trabalhadores que foram demitidos, sendo 86 na Vital e 70 na Corpus; que não haja mais demissões até a efetiva negociação com o sindicato; e o pagamento de salários vencidos e a vencer, desde a demissão até a efetiva reintegração.
 
Caso não haja as reintegração dos trabalhadores, a ação pede que cada trabalhador dispensado receba o correspondente a 12 meses de salário, independente de aviso; cada trabalhador dispensado receba uma cesta básica mensal pelo período de 12 meses; e que haja direito de preferência de contratação dos empregados dispensados, pelo prazo de dois anos a partir da demissão.
 
O sindicato alega que as demissões produziram danos patrimoniais e morais para a coletividade. Os trabalhadores sustentam que as demissões poderiam ser feitas de maneira programada, priorizando aqueles que já queriam deixar as empresas; os mais novos, que teriam possibilidade de conseguir outro emprego mais facilmente; e os que não têm muitos filhos. 
 
No entanto, as demissões foram feitas de maneira unilateral, sem negociação com a entidade sindical para que os impactos fossem minimizados. 
 
Em audiência de conciliação realizada em fevereiro deste ano – durante a greve dos trabalhadores – no Ministério Público do Trabalho (MPT), as empresas admitiram que não seguiram os critérios para realizar as demissões. 
 
A advogada do Sindilimpe, Poliana Firme de Oliveira, explica que uma negociação é imprescindível uma vez que, antes de fazer a dispensa sem critérios, é possível identificar trabalhadores que já tinham o desejo de deixar a empresa.
 
Invisibilidade
 
O Dia do Gari é celebrado neste sábado (16) e vai ser uma data de reflexão sobre a invisibilidade da categoria. Para o presidente do Sindilimpe, Ailton Dias, a tese da invisibilidade social dos trabalhadores em limpeza pública é confirmada na prática, já que nem o trabalho realizado por essas pessoas ou sua dignidade recebem a devida importância. "Para sermos vistos e ouvidos é preciso ir à Justiça e mostrar os absurdos a que está sendo submetida a categoria. Por isso, também, precisamos recorrer às greves e paralisações, pois sem a limpeza, a sociedade percebe que somos importantes, pressiona o poder público junto conosco, e conseguimos ser ouvidos", disse.
 
 
     
 
  

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