Sucateamento no sistema RTV é novamente alvo de denúncias

Os servidores do sistema de Rádio e TV do Estado (RTV-ES) continuam a sofrer com a precarização nas instalações da Rádio Espírito Santo e da TV Educativa (TVE). O sucateamento dos aparelhos atrapalha até mesmo a transmissão dos programas das duas emissoras. Os servidores já denunciaram a falta de equipamentos básicos para a operação dos meios de comunicação, como microfones e ilhas de edição; demora na compra de materiais essenciais para a produção, como fitas de vídeo; monitores analógicos no controle mestre. Eles convivem também com “gambiarras” elétricas nas instalações; infiltrações nas paredes e no teto; e mofo nos estúdios.

 

O mais recente episódio que expõe o sucateamento das instalações aconteceu em ocasião da transmissão do programa “Eu sou o Samba”, da TVE. O músico Marcus Bacalhau relatou, em redes sociais, que fora convidado para participar do programa, mas também solicitaram que ele levasse uma mesa de som, já que a que existe na TVE não tinha recursos para que o áudio ficasse com qualidade, pois estava muito velha. 

 

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) denuncia que o quadro não é diferente na Rádio Espírito Santo, também pertencente à RTV-ES. O local também padece com falta de profissionais, de equipamentos e péssimas condições de trabalho. 

 

O Sindipúblicos tem realizado diversas denúncias aos órgãos competentes e entrado com ações jurídicas no intuito de garantir a imediata realização do concurso público para cobrir o déficit de profissionais no sistema RTV, bem como exigir das autoridades investimento e as condições adequadas de trabalho. 

 

As insatisfações dos servidores já foram discutidas com a Superintendência Estadual de Comunicação (Secom), mas não houve avanço. Do encontro, realizado em julho de 2013, restou a promessa de que a pauta seria reiterada com o governador Renato Casagrande.  

 

Os representantes dos servidores cobraram a agilidade no processo de aprovação do Plano de Carreira, a realização de concurso público e a viabilização de uma sede única para a RTV, já que a TVE funciona improvisada no Teatro Carmélia Maria de Souza e a Rádio Espírito Santo na Reta da Penha.