Sábado, 11 Mai 2024

Trabalhadores de terceirizadas do setor de limpeza fazem protesto nesta terça-feira

Mais de 1,2 mil trabalhadores terceirizados da limpeza que atuam pelas empresas Conservadora Juiz de Fora (CJF), no contrato da Secretaria de Estado da Educação (Sedu); e Servinel Comércio de Serviços Gerais, no contrato da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), vão realizar um ato público nesta terça-feira (27) em protesto contra os atrasos nos pagamentos nos salários e benefícios. Estes trabalhadores sofrem desde 2014 com recorrentes atrasos de salários, de auxílio-alimentação e vale-transporte. 
 
A manifestação vai cobrar do governo do Estado a fiscalização mais eficaz desses contratos e de outros que venha a firmar, resguardando os direitos e dignidade dos trabalhadores e de suas famílias, chamando a atenção da sociedade para uma situação rotineira, em que empresas acusam o Governo do Estado de não pagamento dos contratos e na qual o ônus sempre vai para a conta dos funcionários.
 
O caso mais recente se refere à Servinel que só quitou os salários de dezembro de 2014 e o décimo terceiro no dia 16 de janeiro. Por conta disso, os trabalhadores chegaram a paralisar as atividades em algumas unidades deixando hospitais sem limpeza. Os problemas nessa empresa já se arrastam há seis meses.
 
Em novembro de 2014, diante dos problemas da empresa CJF, a Sedu assumiu a responsabilidade pelos pagamentos dos trabalhadores da terceirizada, com mediação do Ministério Público. Isso ocorreu porque desde outubro de 2014 os salários, auxílio-alimentação e vale-transporte vinham sendo atrasados. Como o contrato será encerrado no dia 2 de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Pública no Estado (Sindilimpe–ES) já está tomando providências para que as rescisões dos trabalhadores sejam pagas pela Sedu mediante entrega dos contratos rescisórios pela CJF.
 
Os atrasos recorrentes obrigam os funcionários a pagar contas com juros, expondo-os a constrangimentos como cobranças, problemas de alimentação e ameaças de despejo, entre outros. Apesar disso, as multas por descumprimento do contrato que deveriam ser pagas aos trabalhadores, conforme previsto em convenção coletiva, não foram depositadas pelos responsáveis e devem ser cobradas na Justiça.
 
Em nota, a diretoria do Sindilimpe-ES solicita ao Governo do Estado que intervenha na solução desses problemas. “Os trabalhadores devem ser prioridade em qualquer Governo, e a nova administração do Estado do Espírito Santo deve primar por cumprir os compromissos assumidos com os trabalhadores durante a campanha eleitoral”, diz a nota.

Veja mais notícias sobre Sindicato.

 

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