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A ‘onda’ pró-Euclério

Confetes ao prefeito de Cariacica bagunçam prévia do tabuleiro ao Senado

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Primeiro pré-candidato ao governo do Estado, depois principal cabo eleitoral do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), e agora incensado por todo lado para ser candidato ao Senado, campo há meses embolado no Estado. Essa é a atmosfera criada em torno do prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), que tem surfado na onda e respondido com acenos positivos. Na Capital, município gerido por outro prefeito, vereadores têm tocado no assunto com frequência em plenário, o que se repetiu nesta semana. Os discursos, além de distribuir elogios, dizem que a candidatura encontra respaldo não só no mercado político, mas entre o empresariado. Agora, o fôlego veio das Assembleias de Deus no Espírito Santo, área cobiçada de votos, em nota divulgada por pastores. Euclério, evangélico e pastor licenciado, é indicado como principal representante do grupo por ser “conservador e de direita” e defender “a família, os bons costumes e os valores cristãos”. O prefeito vem de uma vitória esmagadora à reeleição em Cariacica em 2024 e está cacifado para qualquer disputa, mas a movimentação joga luz nos ajustes partidários e alianças. O MDB já tem a candidatura majoritária de Ricardo como “plano A” do grupo de Renato Casagrande (PSB). Se encarar o Senado, Euclério teria que trocar de legenda, para não atrapalhar a formalização de apoios. Outro ponto é que fechando a segunda vaga ao lado do governador, ele bagunça, principalmente, os planos do deputado federal Da Vitória (PP), que já pleiteou sua vez na chapa. Na falta dessa composição, o que faria o futuro presidente da poderosa superfederação União Progressista (UP)? Ele também não descarta o governo, e, como se sabe, nutre relações próximas com a oposição, representada por Lorenzo Pazolini (Republicanos). Tudo pode acontecer…

Desalinhado

No caso de a situação descambar para a oposição, o nó seria com o União, prestes a ser comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos. O deputado, que já se movimenta freneticamente para buscar uma cadeira na Câmara Federal, tem acordo com Casagrande de apoio nas eleições de 2026, costura que garantiu sua permanência no comando do legislativo.

Desalinhado II

No campo nacional, líderes dos partidos que formam a superfederação  estão no fogo cruzado com o Governo Lula. Integram a gestão federal, mas há defesa de desembarque e de lançamento de uma candidatura de centro-direita à Presidência da República. Em evento recente, em Brasília, o UP fez exaltações a Jair Bolsonaro (PL).

Desalinhado II

No Estado, como já analisado aqui na coluna, mantendo-se com Casagrande, o UP ficaria na contramão dessa movimentação maior. Mas, para isso, é necessário Ricardo ser confirmado como o candidato à sucessão, e Da Vitória compor no Senado. Esse foi o tom da conversa com Casagrande feita por Da Vitória e Marcelo Santos.

Olha o PP aí…

Na sessão da Câmara de Vitória desta terça-feira (26), o vereador Davi Esmael (Republicanos) falou das alianças do campo da direita agregadas para o palanque de Pazolini. Lá pelas tantas, citou a presença de dirigentes do PP, Novo e PL em plenário, e exaltou a consolidação de “uma frente ampla conservadora”.

Ensaios

Dos demais nomes alinhados ao Palácio Anchieta que acenaram para a disputa ao Senado até agora, Euclério é o que tem peso maior junto com Da Vitória. Também apareceram a ex-senadora Rose de Freitas (MDB); o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSB); e o ex-deputado e ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Movimentos mais isolados, que ainda não convenceram.

Funil

Nos casos de Euclério e Enivaldo, vale lembrar, uma candidatura envolveria suas atuais gestões, já que teriam que deixar os cargos em abril do ano que vem e entregá-los aos respectivos vices. Nada tão simples, mas a hora agora é essa: se colocar no jogo para valorizar o passe e assumir lugar de destaque na mesa de negociação. Depois, o funil vem…

Decisões

Outro nome nesse bloco seria do senador Fabiano Contarato, que vai buscar a reeleição. A parceria do PT com Casagrande, porém, é incerta. O partido não orna com o perfil de Ricardo Ferraço, saiu no prejuízo na aliança passada, e há quem defenda o palanque ao governo de Helder Salomão, deputado federal mais votado do Estado em 2022.

Atrás dos votos

Em toda eleição, os apoios das congregações evangélicas são mais do que disputados, já que a área representa um terço do eleitorado no Espírito Santo. Estão nesse raio também, obviamente, os bolsonaristas. Para o Senado, quem tenta assumir essa preferência é de Maguinha Malta (PL), filha do senador Magno Malta (PL).

Nas redes

“(…) Na Unidade de Internação Provisória, destinada a adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, pudemos observar a estrutura, conversar com servidores, e já identificamos uma urgência: precisamos de concurso público para a socioeducação no Espírito Santo (…)”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol, em visitas por unidades do sistema prisional.

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