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Afrouxa e estica

Reação de militares a aumento de delegados é mais um prato desequilibrado de Casagrande

Secom-ES

Em meio a uma greve geral dos servidores da base do funcionalismo e demandas em cadeia de outras categorias, a gestão do governador Renato Casagrande (PSB) conseguiu desequilibrar ainda mais os pratos ao conceder, nesta semana, reajustes aos delegados da Polícia Civil e aos auditores fiscais. No caso envolvendo a PC, a situação sinaliza acirramento na relação com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que reagiram publicamente por meio da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes), primeiro em nota incisiva, e agora com uma convocação de assembleia geral extraordinária para a próxima quarta-feira (15), às 14h, na sede em Jardim da Penha, Vitória, de mobilização da categoria. “Descontentamento”, “insatisfação”, “desrespeito” e “discriminação” foram alguns dos termos utilizados pela entidade para avisar que os militares não aceitarão “medidas que privilegiem uma categoria em detrimento da outra”, defendendo uma “valorização equânime, justa e compatível”. A Assomes cita os resultados positivos propagados pelo governo em relação aos índices de criminalidade e aponta que “é fundamental reconhecer que tais conquistas não são mérito isolado de uma única corporação, mas fruto de uma atuação integrada e coordenada de diversas agências e instituições que compõem o sistema de segurança pública”. Casagrande já enfrenta nessa área a revolta dos peritos oficiais, que voltaram às ruas após longos meses de tentativas fracassadas de negociação, e se colocam como “a pior remuneração do País”. Quer dizer, o governador resolveu afrouxar a corda para um lado e manteve as outras esticadas, quase arrebentando. Agora vai precisar de muito malabarismo e, acima de tudo, extintor de incêndio!

Acima

O projeto dos delegados alterou a tabela de subsídios, consolidando o índice de 15% entre os níveis. Hoje eles recebem R$ 16,8 mil no início de carreira e, ao final, R$ 33,7 mil. A partir deste mês, os aumentos serão progressivos. Em dezembro, chegará a R$ 17,5 mil e R$ 35,1 mil, e daqui a um ano, a R$ 18,2 mil e R$ 36,5 mil. O valor final supera em quase R$ 5 mil o máximo da remuneração na PM, que é pago para o cargo de coronel.

Demanda

A batalha da Perícia é a cobrança pela apresentação do estatuto e da tabela de subsídio da categoria. O governo chegou a propor reajuste de 8%, mas os trabalhadores rejeitaram. O salário inicial, hoje, é de R$ 8 mil, e o final, de R$ 15 mil. A proposta da categoria é aumentar o salário gradativamente, em quatro vezes de R$ 1,6 mil, sendo uma vez a cada seis meses. Sem avanço!

Pesos distintos

Sobre os auditores, reitero o que já comentei aqui na coluna passada. A aprovação de reajuste e de melhorias na bonificação por desempenho expôs, mais uma vez, a discrepância entre o topo da pirâmide e a base. A categoria é contemplada com muito mais frequência do que os demais servidores, ano após ano. Na atual campanha que acabou em greve, a pauta é pela reestruturação das carreiras. Até agora, nada de resposta do governo!

Pesos distintos II

Com a atual lei dos auditores, a categoria terá aumento de 8% valendo a partir de 1º de julho deste ano. Os salários saem de R$ 20,6 mil para o início de carreira para R$ 22,3 mil, e de R$ 33,8 mil para R$ 36,5 mil para o final. E eles ainda acham pouco, viu?! Tem uma lista de reivindicações pendentes…

Estratégia eleitoral

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, e o vice-governador, Ricardo Ferraço, ambos do MDB, se reúnem em mais um evento para se aproximar do eleitorado do município, onde Euclério teve uma vitória esmagadora em 2024. Será na próxima terça-feira (14), às 19h, no Esporte Clube Brasil. O convite diz que é um “bate-papo”, batizado de “Vamos nessa”.

Chapa

Tempos atrás, Euclério realizou um grande evento para impulsionar a candidatura de Ricardo ao governo e se consolidou como seu principal cabo eleitoral. Na ocasião, ele não tinha se colocado ainda como pré-candidato ao Senado. O evento agora anunciado vem no embalo desse novo clima de chapa palaciana, formada por Ferraço, Casagrande e Euclério. Mas outras amarrações ainda precisam ser feitas, em especial com a União Progressista (UP). A conferir!

Cadeiras ocupadas

A Justiça respondeu a uma das questões que levantei sobre os vereadores afastados da Serra. Ao contrário do que pretendia a Câmara, de segurar ao máximo a convocação dos suplentes, logo, logo chegarão ao plenário Wilian da Elétrica (PDT), Marcelo Leal (MDB) e Dr. Thiago Peixoto (Psol), no lugar do ex-presidente da Casa, Saulinho da Academia (PDT), Cleber Serrinha (MDB) e Wellington Alemão (Rede).

Cadeira desocupada

Resta saber como ficará a cadeira de Teilton Valim (PDT), já que o suplente, Sergio Peixoto (PDT), não a requereu. Ele é cargo de confiança do prefeito Weverson Meireles (PDT), de coordenador de Governo. Lembrando: Teilton e Saulinho foram os campeões de votos à Câmara em 2024 e eram apontados como as apostas para a disputa à Assembleia no próximo ano. Os planos, por ora, estão em fase de avaliação de impactos.

Nas redes

“Diálogo com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos [União], o ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal [PDT] e seu filho Serginho Vidigal [PDT]”. Da Vitória, deputado federal e futuro presidente da superfederação UP, em articulação com dupla Vidigal, que pavimenta uma candidatura para Serginho em 2026.

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