Com barreiras em cinco estados, MDB e Republicanos falam em “superar conflitos”. Como?
As movimentações do MDB e Republicanos para formar uma aliança capaz de fazer frente à superfederação União Progressista encontram barreiras em cinco estados – Espírito Santo, Bahia, Roraima, Pernambuco e Paraíba – e lideranças têm defendido, na imprensa nacional, que é possível superar os conflitos regionais em nome da prioridade de fortalecer os dois partidos em nível nacional. A contar pelo Estado, impossível! As legendas representam, hoje, os dois palanques antagônicos que estão no jogo ao Palácio Anchieta em 2026. De um lado a situação, com o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), do outro a oposição, com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ambos já investindo pesado para delimitar território, o que marca uma disputa antecipada e acirrada. Não há, por óbvio, qualquer margem para uma convergência entre os dois projetos. O que deve acontecer, no caso de as negociações avançarem, de fato, é faltar espaço para Ferraço, hoje presidente estadual do MDB, na nova configuração. Ele teria que buscar outra legenda para erguer seu palanque de sucessão no campo do governador Renato Casagrande (PSB). A lógica para essa afirmação é a mesma que tem norteado o andamento de outros processos semelhantes: o peso de cada partido na Câmara Federal. Por aqui, o MDB está há anos à míngua, não tem nenhuma cadeira, enquanto o Republicanos tem duas, com Amaro Neto e Messias Donato. O comando da federação caberia, portanto, ao grupo de Pazolini e Erick Musso. Alguma chance de Ferraço conseguir romper essa máxima, inverter o problema e fazer o prefeito trocar de legenda? Não me parece algo tão simples. E ainda pode piorar. Os dois partidos querem atrair para o bloco o PSD, em breve o partido do ex-governador Paulo Hartung. Aí, mais do que nunca: fim da linha para Ferraço!
Sobrevivência
A aliança do MDB e Republicanos somaria 15 senadores, a maior bancada da Casa, 88 deputados federais e cinco governadores. Também tiraria de vez o MDB da base do presidente Lula. O Republicanos, como se sabe, é o partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que aparece nas cotações como candidato de Jair Bolsonaro em 2026.
Bala na agulha
A União Progressista, vale lembrar, terá a maior bancada da Câmara, com 109 deputados federais, e no Senado vai ficar com 14 senadores. E tem duas vantagens indiscutíveis e que garantem eleição: a maior parcela dos fundos partidário e eleitoral e o maior tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio. Realmente, vai chegar pronta para “passar o trator”.
‘Paternidade’
Por falar em Ferraço e Pazolini, os dois surfam na onda da marca de nenhum homicídio na Capital há mais de 50 dias. Em publicações nas redes sociais, Ricardo cita o programa Estado Presente e as forças de segurança, além de exaltar “inteligência, interação e investimentos”. Já Pazolini…
‘Paternidade’ II
…atribui o cenário a medidas adotadas por sua gestão, como a expansão da Guarda Municipal, ampliação das escolas em tempo integral e ações de assistência social. É aquilo, “né”…“filho bonito”, todo político quer.
Apoios
No embalo da estratégia para chegar com capital eleitoral em 2026, Ricardo Ferraço também quer se aproximar dos movimentos populares, área distante de sua influência, que é o meio empresarial. Um encontro com essas lideranças será realizado nesta terça-feira (13), no Palácio Anchieta. Veremos os desdobramentos!
Só nas internas
A deputada federal Jack Rocha segue com poucas palavras sobre sua candidatura à Presidência Estadual do PT. Quase não tem aparecido, nem mesmo no dia em que protocolou sua chapa, nessa sexta-feira (9). O fato foi registrado um dia depois nas redes sociais, mas também sem entrar nas especificidades da disputa, que a isolou entre as demais forças políticas do partido.
Só nas internas II
Parte da publicação de Jack diz assim: “Com coragem no peito, escuta no coração e a história do nosso povo nas mãos, junto com vocês vamos dar mais um passo na construção de um PT ainda mais forte, democrático e enraizado nas lutas populares (…) seguimos juntas e juntos, construindo um partido com alma, com povo e com futuro. Com afeto, com coragem, com Lula”.
Em toda parte
A chapa concorrente de Jack, encabeçada pelo deputado estadual João Coser, pelo contrário, tem aparecido bastante, tanto em atos presenciais quanto em discursos de campanha e ainda mobilizações nas redes sociais. Coser apoiou Jack antes, mas agora se uniu à oposição, liderada pelo deputado federal Helder Salomão e a deputada estadual Iriny Lopes, e agregou ainda o senador Fabiano Contratato.
Nas redes
“Com lágrimas nos olhos e um contracheque de 17 mil no bolso, o vereador de Vitória, Jocelino (PT) explicou o drama que enfrenta diariamente ao ter que usar seu próprio carro para trabalhar (algo que, aparentemente, nenhum outro brasileiro faz). ‘Não acho justo’, lamentou o ilustre representante do povo, que diz trabalhar incansavelmente das 7h às 23h (com pausas apenas para reclamar de gastos) (…)”. O Parcial
