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Apoios e desalinhos

Crítica na Câmara de Vitória retoma pergunta: como agregar Hartung no palanque de Pazolini?

Leonardo Sá/Redes Sociais

Uma fala rápida do vereador de Vitória Armandinho Fontoura, do Partido Liberal (PL), no plenário da Câmara Municipal nessa quarta-feira (1º), retoma uma pergunta que sempre circula nos bastidores e também já feita aqui na coluna: afinal, como será efetivado o apoio do ex-governador Paulo Hartung (PSD) ao prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) na campanha ao Palácio Anchieta em 2026? Hartung, como se sabe, tem repetido aos quatro cantos elogios a Pazolini, desde que ele foi reeleito em 2024. De lá para cá, com frequência cada vez maior, defendendo-o como um “tipo ideal” para a empreitada contra o grupo do seu adversário político, o governador Renato Casagrande (PSB). O novo partido de PH está inserido no arco de alianças em construção do prefeito, que pretende consolidar uma frente ampla de direita. Acontece que no mesmo bloco está o PL, e Hartung é crítico do bolsonarismo. Daí a intervenção de Armandinho, que discursava contra opiniões e posturas do ex-governador: “Por isso eu falo com Pazolini, se aparecer do lado, vai perder voto da direita”; “é persona non grata no eleitorado conservador, porque ele não gosta de Bolsonaro, fala mal de Bolsonaro e do bolsonarismo, e nós também não gostamos dele, então tudo certo”. Se por um lado o atual cenário cria esse desalinho, por outro, há também o desenrolar da própria aliança com o PL. O prefeito sempre se esquivou de marcar posição em relação às bandeiras prioritárias desse bloco, e até quebrou esse “jejum” este ano, ao apoiar a anistia, mas ainda se mantém numa raia mais distante. Também foi convidado para os atos de rua convocados pelo senador Magno Malta em Vila Velha, em defesa do ex-presidente, e não apareceu, cabendo a Erick Musso “fazer as honras” do Republicanos. No avançar da campanha, porém, tudo há de se revelar: desfiles públicos, abraços e poses para fotos! Palpites?!

Ensaio

Enquanto os elogios a Pazolini, por ora, ficam nas entrevistas e redes sociais, Hartung já circulou com a vice-prefeita, Cris Samorini (PP), com quem mantém relações há tempos – ela tem origem no empresariado e presidiu a Federação das Indústrias do Estado (Findes). Em junho, eles realizaram visita técnica às obras de revitalização da orla da Ilha das Caieiras, Andorinhas e Canal de Camburi. É PH ressurgindo após anos e anos…

Não dá liga

Na aliança com o PL, está embutida a candidatura ao Senado de Maguinha Malta, filha do senador Magno Malta, que já gerou ruídos de incompatibilidade lá atrás, quando Hartung ainda emitia sinais para o mercado de que poderia disputar o mesmo cargo. Isso ficou para trás, mas a incompatibilidade persiste. O casamento na chapa de Pazolini também gera curiosidades sobre como será na hora do vamos ver eleitoral.

Quem leva?

O outro partido da frente de Pazolni é o Novo e, quem sabe, a depender das decisões das nacionais, a poderosa União Progressista (UP), o que seria o “sonho de consumo” do prefeito. Com os desembarques do governo Lula, PP e União ainda não sabem como as alianças se reproduzirão nos estados. Até segunda ordem, portanto, a UP se mantém no grupo de Casagrande, mas, repito: cheias de nós para desatar.

Avanços

Novos capítulos foram registrados essa semana na série de movimentos truncados protagonizados pelos atores da superfederação. O primeiro, já esperado, foi o encontro do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, em Brasília. A filiação não saiu direto, mas logo sairá, e com a garantia de poder disputar o governo! O segundo…

Avanços II

…esse não divulgado antes, foi o tête-à-tête do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, que comanda o União Brasil no Estado, com o presidente nacional do partido, Antônio de Rueda. Na mesa, o convite ao prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB). Marcelo anunciou que está autorizada a candidatura do aliado para o Senado e ainda a filiação de Messias Donato (Republicanos), o que é uma exigência de Euclério.

Conflitos

O nó desse tabuleiro são os interesses envolvidos. No governo, Arnaldinho insiste em se cacifar como o candidato de Casagrande, mas o plano A é o vice, Ricardo Ferraço (MDB). Arnaldinho tem como seu incentivador o presidente estadual do PP, Da Vitória, que quer o Senado, mesmo cargo que está no radar de Euclério e que já declarou não apoiar Arnaldinho. Os dois projetos não cabem no mesmo espaço, e o desfecho promete.

‘Juntos’

Na publicação que fez nas redes sociais do encontro, Arnaldinho ressaltou a “construção de um projeto para o futuro do Espírito Santo” e “mais um passo importante nessa caminhada coletiva com o federal Da Vitória, o deputado estadual Marcelo Santos e o nosso deputado Dr. Victor Linhalis”. Disse, ainda: “juntos, vamos preservar o legado dos bons governos e preparar o Espírito Santo para novos avanços. Um Estado cada vez melhor para todos os capixabas!”.

‘Futuro’

Já Marcelo Santos exaltou a chegada de Euclério e Messias Donato, dizendo que “o futuro do Espírito Santo e do Brasil depende das escolhas de hoje!” e que, “com a chegada dessas importantes lideranças, fortalecemos o partido no Estado e garantimos que o nosso Espírito Santo tenha voz nos principais debates nacionais”.

Novos ares

Aliás, o prefeito de Cariacica ampliou para o interior suas investidas eleitorais para angariar apoios ao seu projeto de 2026. Depois ao almoço em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, nessa quarta-feira, detalhado pelo meu parceiro de Redação aqui no Século Diário, Lucas Schuina, ele participou de reunião em Laranja da Terra.

Novos ares II

Em Cachoeiro, o anfitrião foi o prefeito Theodorico Ferraço (PP), pai do candidato à sucessão, Ricardo Ferraço, que tem Euclério como um dos principais cabos eleitorais. Em Laranja da Terra, o encontro também foi articulado com o prefeito, Joadir Lourenço (PSDB), e vereadores.

Lados trocados

Nesses eventos, detalhes que acentuam o “fuzuê”: Theodorico é do PP, que abriu as portas para Arnaldinho, em movimento paralelo ao de Ricardo. Joadir é do PSDB, que outro dia anunciou o ex-deputado e ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas ao Senado, cadeira cobiçada por Euclério. Uma confusão só!

Nas redes

“São anos sem reajuste ou com percentual abaixo da inflação. As perdas salariais dos servidores públicos do ES chegam a 50%! Por essa razão, a categoria aprovou, por unanimidade, greve geral a partir do dia 7 de outubro. Manifestamos nosso apoio e solidariedade ao Sindipúblicos. Por respeito e valorização: negocia, Casagrande!”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol.

FALE COM A COLUNA: [email protected]

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