Apostas de Pazolini
Festa, balões, plateia barulhenta e prefeito carregado no colo por aliados. Assim foi o anúncio do reajuste linear para os servidores de Vitória nesta quinta-feira (14), com protagonismo de Lorenzo Pazolini (Republicanos), candidato à reeleição. O índice, de 10%, vem na esteira de medidas populares tomadas pelo prefeito com foco no funcionalismo municipal, campo que virou prioridade no seu caminho até o pleito, na tentativa de reverter sucessivos atropelos e imposições promovidos pela administração municipal, marcados por insatisfações e protestos. No final do ano passado, Pazolini se gabou com um aumento de 150% no abono de final de ano – R$ 2,5 mil – e, agora, vende "o maior aumento da história da cidade em uma gestão", somando os reajustes anuais deste ano; de 2023, com 7%; e de 2022, com 12,36% - este escalonado. O anúncio desta quinta beneficia 17 mil servidores, entre ativos e inativos, e valerá a partir do próximo mês. Resta, apenas, o projeto ser votado na Câmara de Vereadores, o que deve acontecer na próxima segunda-feira (18), com placar folgado e mais confetes lançados por aliados em cima do prefeito. Afinal, não tem absolutamente ninguém brincando em serviço!
Tem pressaO reajuste deste ano, vale lembrar, se consolida antes mesmo de completar um ano do concedido em 2023, no mês de agosto. O prefeito investe com antecedência em suas cartadas eleitorais para delimitar espaços e fazer frente a opositores, que também já colocam as asas e as estratégias de fora.
Palmas prontas
Na festa, algumas presenças: presidente da Câmara e correligionário, Leandro Piquet; líder do Governo, Duda Brasil (Podemos); e Leonardo Monjardim (Novo). Todos vereadores candidatos à reeleição. Fora o secretariado de Pazolini, as torcidas formadas por aliados e a claque de servidores. Quer dizer, tudo em casa e no esquema.
Agora vai!
Na Serra, o comentário que predomina nos bastidores políticos é que o presidente estadual do PDT, Weverson Meireles, pupilo do prefeito Sergio Vidigal, será, mesmo, anunciado neste sábado (16) como o candidato à sucessão deste ano. A jogada, no entanto, pode ser alterada lá na frente, caso ele não consiga somar capilaridade eleitoral nesses meses que antecedem a definição dos palanques.
Plano em teste
Weverson Meireles tinha sido deslocado para o governo no ano passado, como secretário de Turismo, quando o possível candidato de Vidigal seria o ex-apresentador de TV Philipe Lemos (PDT), que assumiu, nesse projeto, a Secretaria Municipal de Cultura. Meses depois, a mexida foi desfeita e Weverson passou a ocupar o cargo de secretário-chefe do Gabinete do prefeito, embaralhando o jogo da disputa deste ano.
Plano em teste II
Caso o pupilo vingue, Vidigal se livra da responsabilidade de se candidatar à reeleição, como vinha anunciando. Se não, é ele mesmo quem vai encarar a guerra eleitoral, que registra intensos capítulos desde já. Os principais adversários, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), estão sedentos para derrubar Vidigal e seu grupo.
Aliança
Ainda no município, o ex-presidente da Câmara de Vereadores Rodrigo Caldeira (PSDB), que era alinhado a Vidigal, pulou para a oposição. Ele se filiou ao Republicanos, para apoiar o projeto de Muribeca, que considera "novo e ideal para a cidade". A aliança foi anunciada pelos dois nas redes sociais, com outros vídeos de críticas ao prefeito.
Quase lá!
Também está prestes a trocar oficialmente de partido o deputado estadual Zé Preto. Depois de conseguir liberação do PL e da Justiça Eleitoral, ele assina a ficha na próxima semana, para erguer o palanque à Prefeitura de Guarapari. O PL fechou a possibilidade para Zé Preto, o único da bancada do partido na Assembleia a apoiar o governador Renato Casagrande (PSB).
Tabuleiro
No município, o mercado espera a definição do prefeito Edson Magalhães (PSDB), que terá que fazer um sucessor. Enquanto isso, o cenário pipoca de candidato. Um deles seria o ex-deputado federal Ted Conti (PSB), mas outras lideranças também se movimentam, como o presidente da Câmara de Vereadores, Wendel Lima (MDB), e o também vereador Rodrigo Borges (Republicanos). O PT é outro que sempre participa do pleito. Veremos os próximos capítulos!
Nas redes
"Pela sexta vez consecutiva, eleito para coordenar a bancada capixaba no Congresso Nacional! Com diálogo e unidos quando o assunto é o Espírito Santo, vamos seguir. Nosso trabalho é para garantir investimentos (...)". Da Vitória, deputado federal pelo PP.
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